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Análise

Salto só vai ocorrer com maior exportação de bens tecnológicos

SÉRGIO VALE ESPECIAL PARA A FOLHA

Após os fracos resultados da balança comercial nos cinco primeiros meses, não se pode duvidar de que os US$ 3,9 bilhões esperados para o superavit neste ano sejam difíceis de alcançar.

Para que isso aconteça, o superavit médio terá de ficar em torno de US$ 1,3 bilhão mensal. Em que pese a safra agrícola ainda para entrar, não parece suficiente para mudar muito essa trajetória.

Os planos de concessão do governo podem ser uma ajuda para os exportadores. Mas não devemos esquecer que, da mesma forma que a melhora de portos e estradas ajuda a exportação, também colabora para a importação. Vai ficar mais barato exportar, mas também ficará mais barato para importar.

A tendência, com isso, é ampliar o deficit na balança comercial de manufaturados e elevar o superavit dos produtos agrícolas.

O que precisaria haver é aumento de valor da pauta exportada, o que só vai acontecer quando conseguirmos aumentar o conteúdo tecnológico do que exportamos.

Isso não vem simplesmente com a melhora dos portos e das estradas, que é positiva, mas não é a solução para todos os problemas.

Aumentar a balança comercial a partir de agora vai depender de um esforço doméstico que não parece estar sendo feito, por problemas que precisam ser atacados pelo governo.

Apenas como exemplo, desde 2005 o custo unitário do trabalho no Brasil, em euros, cresceu 117% acima do mesmo indicador na Europa.

Enquanto isso, a infraestrutura continuará sendo vendida como salvação da lavoura, literalmente.


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