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Cauteloso, Wells Fargo reluta em virar global
Banco não tem espaço para crescer nos EUA
O Wells Fargo vem sendo uma das grandes histórias de sucesso do setor bancário americano, a julgar pelo preço de suas ações.
Com balanço muito menor que o de rivais como o JPMorgan Chase ou o HSBC, o banco continua à frente em capitalização, com valor de mercado de US$ 217 bilhões.
O banco é líder no mercado de hipotecas, mas analistas temem que a instituição não tenha mais espaço para crescer, o que a forçaria a ampliar sua presença internacional e no segmento de investimentos.
O presidente John Stumpf, porém, não se mostra confortável com a ideia de aventuras no exterior ou em Wall Street, talvez porque tenha conquistado seu ágio em parte por evitar empreitadas mais arriscadas. "Somos um banco nacional, e gostamos que seja assim", diz.
Restringido pela regra de que um banco não pode adquirir um rival que detenha mais de 10% do total de depósitos bancários do mercado americano, o Wells Fargo não tem como comprar um concorrente.
Internacionalmente, o banco tem presença em alguns mercados, mas Stumpf não pensa em abrir agências fora dos Estados Unidos.
Segundo ele, 3% da receita do banco vem do exterior, e isso provavelmente não mudará muito.