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Interesse em investir não muda, dizem EUA

Secretário-adjunto responsabiliza crise global em parte pelas dificuldades brasileiras

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

Um alto funcionário do governo dos Estados Unidos minimizou o ceticismo com o Brasil, que motivou a agência Standard & Poor's a ameaçar rebaixar a classificação de risco do País.

"Não posso falar pela S&P, mas do ponto de vista das companhias americanas há muito interesse em investir no Brasil", disse Jose Fernandez, secretário-adjunto de Estado para Assuntos Econômicos e Comerciais dos EUA.

Em agosto de 2011, a S&P rebaixou a classificação de risco da dívida dos Estados Unidos, que perdeu a nota máxima (AAA).

Segundo Fernandez, em visita a São Paulo ontem para conversas com empresários e advogados, "é preciso deixar a retórica de lado e se concentrar nos números".

Ele disse que o comércio entre os dois países triplicou em dez anos, transformando o Brasil no oitavo maior parceiro comercial do Estados Unidos, e que o número de turistas brasileiros nos EUA dobrou nos últimos cinco anos. "Para mim, isso é um bom parceiro comercial."

No ano passado, o consulado dos Estados Unidos processou 1,02 milhão de vistos no Brasil. Os turistas brasileiros são a quinta nacionalidade que mais gasta em território norte-americano.

Questionado sobre o fraco crescimento e sobre a inflação em alta no Brasil, o secretário-adjunto do Departamento de Estado dos EUA responsabilizou "parcialmente" a crise global pelas dificuldades brasileiras.

E citou especificamente a estabilização da economia da China (importante compradora de commodities brasileiras), a crise na Europa e o avanço lento dos Estados Unidos. "É claro que precisam ser feitos alguns ajustes, mas os fundamentos do Brasil são muito bons."

BLOCOS COMERCIAIS

Fernandez admitiu que há mercados que são mais receptivos ao capital estrangeiro e citou Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru. Com exceção do Brasil, os outros fazem parte da Aliança do Pacífico, novo bloco criado na América Latina.

O Brasil é sócio do Mercosul, junto com Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela. "Aconteceu de o Brasil estar numa região em que alguns países podem não concordar conosco. Mas não esperamos que todos concordem conosco", disse Fernandez.


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