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Diretor do BC minimiza ameaça de agência de reduzir nota do Brasil
DE PORTO ALEGREO diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, relativizou ontem em Porto Alegre a avaliação da agência Standard & Poor's, que criticou os fundamentos da gestão da economia brasileira.
A Standard & Poor's falou anteontem em "perda de credibilidade do governo" e indicou pela primeira vez, um possível rebaixamento da nota do país, que, desde 2008, tem selo de bom pagador.
Para Araújo, é preciso levar em conta também a avaliação das outras agências.
"Das três principais [agências], em uma delas o outlook' [panorama] está estável e na outra é positivo. Nenhum indicador conta a história inteira, você tem que olhar para a floresta e ver o conjunto de informações disponíveis."
Em Porto Alegre, o diretor participou da divulgação do boletim regional do BC.
Araújo afirmou ainda que o impacto da crítica da Standard & Poor's sobre investidores e empresas é incerto. "É difícil dimensionar. Até mesmo porque não houve um downgrade' [redução], a nota do Brasil não foi rebaixada. A agência apenas sinalizou que isso pode acontecer."
Sobre as perspectivas da inflação, citou a última ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que afirmou haver tendência de elevação para os próximos 12 meses.
Em relação a novas elevações dos juros, disse apenas que a última ata está "bem escrita".
(FELIPE BÄCHTOLD)