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Falta de diálogo financeiro com seus pais pode custar caro
Especialistas dão dicas de como tratar o tema com familiares
Se você não conversou com seus pais sobre a condução dos assuntos financeiros deles depois que morrerem, a história de Krysten Crawford talvez o inspire a agir.
Ela e seus dois irmãos tentaram conversar sobre o assunto com sua mãe, microbiologista aposentada, diversas vezes, mas ela sempre mudava de assunto. Em fevereiro, a mãe de Crawford morreu, aos 74 anos, depois de cair da escada em sua casa em Santa Fe, Novo México.
Como a família não havia conversado sobre suas finanças, não sabia que existia uma hipoteca sobre a casa da mãe. Quando descobriram, já estavam inadimplentes.
Se a mãe de Crawford tivesse se disposto a falar sobre sua situação financeira, a família teria escapado de muito estresse e frustração.
Eis algumas ideias sobre como começar a conversar, além de sugestões legais e financeiras que poderiam ter facilitado a vida de famílias que passaram essa situação.
Antes de mencionar o tópico, filhos devem definir que informação querem obter, diz Amy Goyer, da associação de aposentados dos EUA.
É preciso saber mais do que a existência ou não de um testamento. Os pais têm procurações assinadas? O que seus planos de saúde cobrem? Têm seguro de vida? Fizeram uma lista com as contas que controlam e fontes de renda?
Incluir pessoas de confiança na conversa --profissionais ou parentes-- pode ajudar. Os filhos adultos fariam bem em acompanhar os pais em uma visita ao advogado ou consultor financeiro.
Existem maneiras fáceis de transmitir ativos diretamente aos filhos sem o espólio, dando-lhes acesso a dinheiro caso seja necessário.
Contas conjuntas são uma solução, mas nem todos os pais se sentem confortáveis com essa escolha. Se o pai não deseja que o filho tenha acesso ao dinheiro antes de sua morte, pode usar cláusula de acesso pós-morte.