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UE lança ofensiva na siderurgia e ataca "tarifas desleais" do Brasil

Crise global fez bloco, vice-líder mundial em aço, fechar vagas

LUISA BELCHIOR COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MADRI

Insatisfeita com a política de exportação de minério de ferro do Brasil, a União Europeia anunciou ontem um plano de reestruturação de sua indústria siderúrgica que pretende torná-la mais competitiva com as dos emergentes.

Em uma série de recomendações que inclui financiar em parte a indústria, Bruxelas quer garantir que a siderurgia europeia "tenha acesso justo a outros países e não se torne vítima de práticas injustas de mercado".

À Folha José Blanquez Yeste, diretor de Empresa e Indústria da Comissão Europeia, responsável pela elaboração do plano, apontou o Brasil como o principal ator de "práticas injustas" na indústria siderúrgica.

Ele disse que a comissão prepara uma ofensiva de negociações com o governo brasileiro para o ajuste de tarifas e a entrada de europeus no mercado brasileiro.

"Como o Brasil tem a vantagem de ter sua própria fonte de minério de ferro, pratica tarifas desleais. Mas nossa primeira ferramenta será negociar, o que é mais eficiente que produzir barreiras tarifárias", disse Yeste.

EMPREGO PARA JOVENS

A ofensiva europeia para recuperar importância no setor se baseia no financiamento a indústrias. Desde 2007, o bloco, segundo produtor mundial de aço, perdeu cerca de 40 mil postos de trabalho, cerca de 10% de sua mão de obra total, por causa do fechamento de fábricas.

O plano prevê desbloquear, até o fim do ano, fundos para pesquisas de novas tecnologias. Também anunciará contratações, sobretudo de mão de obra jovem.

"Essse é um setor muito afetado pela crise, mas que necessita cada vez mais de pessoal especializado. Hoje a maioria dos profissionais está perto de se aposentar, por isso precisamos de mão de obra jovem e criativa", disse.

Será criado também um Conselho Europeu do Aço, que anualmente revisará sua política, buscando sempre torná-la mais agressiva.

Ao longo deste ano, representantes da Comissão Europeia buscarão acordos bilaterais para exportar.

Como as negociações com o Mercosul estão travadas, a UE vai negociar diretamente com o Brasil.


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