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Análise

Economia reage, mas deixa dúvidas sobre em que ritmo

Dois fatores serão muito importantes para determinar o humor e A atitude de consumidores e empresários: confiança na retomada e rumo da inflação

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

O consumo das famílias se recuperou em abril, mas menos do que o esperado por economistas. O principal freio para o desempenho do comércio em abril foram as vendas dos supermercados que, pelo terceiro mês consecutivo, recuaram em relação ao mês anterior (descontados efeitos sazonais).

Com isso, as vendas do varejo (excluindo as de automóveis, que tiveram alta) cresceram apenas 0,5% em abril na comparação com março, contra projeções de expansão, em média, de 1,2%.

Apesar de os dados terem decepcionado em termos de magnitude, somados a indicadores como a recente forte alta da produção industrial, confirmam que a economia está se recuperando depois do pífio desempenho no primeiro trimestre.

Mas há muita dúvida sobre o ritmo da retomada.

O consumo das famílias foi a principal causa, ao lado da demanda doméstica, para o fraco crescimento do início do ano. O resultado das vendas do comércio em abril sugere que a inflação voltou a conter o consumo.

O governo aposta em investimentos como motor do crescimento daqui para a frente. Está otimista com dados recentes que apontaram para continuação da recuperação registrada no primeiro trimestre.

Investimentos são importantes porque criam condições para que a economia cresça mais de forma sustentada, ampliando a capacidade que as empresas têm de atender a demanda das famílias.

Não está claro, no entanto, se o fôlego recobrado recentemente pelo combalido setor industrial será duradouro, até porque a base de comparação para os indicadores que estão sendo divulgados agora é muito fraca.

É mais fácil crescer em comparação a um período de desempenho baixo.

Além disso, a sustentação da recuperação do investimento vai depender também do que continue ocorrendo com o consumo das famílias.

Empresários levam as perspectivas de demanda em conta na hora de decidir gastar para ampliar sua capacidade de produção, melhorar sua logística, fazer publicidade.

Dois fatores serão muito importantes para determinar o humor e consequente atitude de consumidores e empresários: confiança na retomada da economia e rumo da inflação.

Com o que já foi divulgado até agora, parece se consolidar o cenário de crescimento abaixo de 3% em 2013. Em breve, começarão a ganhar mais holofote as projeções para 2014, ano de eleição presidencial.


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