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Indicador do BC mostra melhora na economia

Mercado, porém, vê com cautela o IBC-Br, que subiu 0,8% em abril

Economistas afirmam que índice do Banco Central não funciona como prévia do PIB e pedem transparência

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

O Banco Central estima que a economia teve um bom desempenho em abril. Seu indicador de atividade, o IBC-Br, subiu 0,8% no mês ante março.

Para o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, o resultado veio em linha com o esperado. Na ata do Copom, divulgada na semana passada, a autoridade monetária projetava um cenário de crescimento mais intenso neste e no próximo ano.

"O número de hoje está em linha com o cenário que temos comunicado para a atividade econômica. Ele reflete o cenário que temos em mente e que conta nos documentos de divulgação do banco", disse Hamilton.

O indicador, no entanto, tem sido acompanhado com cautela pelos analistas. No primeiro trimestre, mais uma vez o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) ficou bem abaixo das estimativas do BC, levantando dúvidas sobre a qualidade do seu indicador.

No final do mês passado, o IBGE anunciou que a economia cresceu 0,6% no primeiro trimestre deste ano ante o último de 2012. O IBC-Br sinalizava que a expansão do PIB teria sido de 1,05%, melhor resultado em dois anos.

Segundo Hamilton, o BC não tentou identificar o que causou essa diferença.

Economistas criticam a falta de transparência do banco. Quando o IBC-Br foi lançado, em 2010, o BC destacou a proximidade dos seus resultados com os dados do IBGE, o que fazia dele um relevante "indicador antecedente do PIB". Mas não abriu o modelo estatístico, ou seja, como as contas são feitas.

O economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, diz que o banco deveria trocar informações com o IBGE para sintonizar os modelos. "Se você não tem um indicador com um grau de confiabilidade bom, é melhor não ter. Está faltando transparência. O IBC-Br pode não estar sendo tão útil", disse.

Segundo Roberto Olinto, que coordena as contas do PIB no IBGE, o BC nunca procurou a instituição para tratar dos indicadores.

Mônica de Bolle, sócia da Galanto Consultoria, também diz que o BC deveria ser mais aberto e revisar o IBC-Br. Como o índice é acompanhado pelo mercado, acaba influenciando as projeções de todos os economistas, afirma.

Economistas consideram que a culpa pela diferença pode ser do setor de serviços. Representando 60% do PIB, é o mais difícil de mensurar.

O IBGE terá uma pesquisa mensal de serviços apenas no segundo semestre.


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