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Brasil tem a pior Bolsa entre emergentes

Apesar de esforços do governo para conter alta do dólar, real ficou entre moedas mais fracas na última semana

Crescimento fraco e interferência do governo na economia afastam investidores, segundo analistas

ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

A recuperação da economia americana tem provocado a saída de investimentos de todos os mercados emergentes, mas o Brasil é um dos que mais têm sofrido. A Bolsa local tem a maior queda em 2013 entre as de dez países emergentes grandes.

A Bovespa tem desvalorização de 19%. A Bolsa da China cai de 4,7% e a Bolsa do México, 10%. A perspectiva de melhora mais forte dos EUA tem levado investidores a transferir recursos para o mercado americano.

A aposta de investidores é que o crescimento maior da economia americana deve levar a taxa de juros no país a subir no médio prazo, melhorando os retornos de aplicações em renda fixa.

Isso afeta todos os emergentes, cujos rendimentos se tornam menos atraentes que os oferecidos nos EUA.

No caso do Brasil, o contexto internacional é agravado pelo fraco desempenho da economia e por ações do governo, segundo analistas.

"Interferências do governo. Isso é o que diferencia a queda maior da nossa Bolsa em relação aos demais emergentes", diz Rogério Oliveira, analista da Icap do Brasil

Especialistas também destacam a deterioração das contas públicas como fator de afastamento de estrangeiros.

DÓLAR

A atuação do Banco Central para frear a tendência de desvalorização do real fez com que a moeda brasileira estivesse entre as que menos perderam valor em relação ao dólar desde o início do ano.

Mas, segundo analistas, há sinais de que a capacidade da autoridade monetária de conter a depreciação da moeda tem perdido fôlego.

Ao longo da última semana --apesar de o governo ter retirado importantes barreiras à entrada de recursos externos no país--, o real se desvalorizou em relação à moeda norte-americana.

O movimento foi na contramão do verificado na maioria de outros emergentes, em que houve apreciação das moedas locais. As exceções, além do Brasil, foram a Índia e a Malásia.

Para Elad Revi, analistachefe da Spinelli Corretora, a piora do mau humor do mercado em relação ao Brasil veio com o anúncio da agência Standard & Poor's de que poderá cortar a nota da dívida do país.

Investidores acreditam que o cenário deve continuar desfavorável a ativos brasileiros no curto prazo, a menos que a economia dê sinais mais fortes de recuperação.

Ontem, a Bovespa caiu 2,14% e o dólar à vista fechou estável em R$ 2,139.


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