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BC da China trava expansão do crédito

Órgão tem se recusado a injetar liquidez, em um momento em que muitas instituições fizeram muitos empréstimos

Consequências do aperto regulatório são difíceis de prever devido a mercado complexo, diz analista

DO "FINANCIAL TIMES"

A crise de caixa da China se aprofundou ontem, depois que o banco central do país recusou financiamento ao sistema financeiro, colocando pressão sobre instituições que emprestaram demais.

As taxas interbancárias de curto prazo subiram em mais de 200 pontos básicos para um recorde de quase 8%, para empréstimos com prazo de um mês ou menos, em uma nova indicação de como o crédito está escasso no país.

O principal motivo para a falta de liquidez é a relutância do banco central em injetar liquidez no mercado financeiro, prejudicando os bancos que haviam antecipado que Pequim continuaria a apoiá-los por meio de grandes injeções de dinheiro.

As taxas interbancárias começaram a subir no começo do mês, antes de um feriado --um padrão normal, porque a demanda por dinheiro em geral cresce antes dos feriados na China. Mas a expectativa era que as taxas caíssem após a volta ao trabalho.

Em lugar disso, o banco central se manteve à margem do mercado nos cinco últimos dias úteis, se recusando a oferecer as injeções de dinheiro de curto prazo com que os bancos contavam.

Anteontem, o BC aumentou a pressão ao retirar dois bilhões de yuan (US$ 325 milhões) do mercado.

"A única explicação é que o banco central deseja enviar um sinal de alerta aos bancos comerciais e outros provedores de crédito, no sentido de que uma expansão descontrolada do crédito, especialmente via sistema bancário paralelo, não será aceita", disse Na Liu, da CNC Asset Management.

O crédito geral cresceu entre 22% e 23% na China neste ano, ante 20% em 2012, depois de um surto de empréstimos "paralelos" por administradoras de fundos e bancos, por meio de veículos financeiros que operam fora do balanço das companhias.

Wang Tao, economista do UBS, disse que o objetivo do banco central pode ser reduzir a expansão do crédito a entre 17% e 18%, a fim de limitar o endividamento acumulado na economia.

O BC conta com muitas ferramentas para injetar liquidez, caso necessário, de injeções de capital em curto prazo à redução dos requisitos de reserva dos bancos.

Mas Wang disse que as consequências do aperto regulatório eram mais difíceis de prever devido à crescente complexidade do mercado financeiro local.

"Uma compressão de liquidez pode acontecer inesperadamente em algum lugar", ela disse. "Pode surgir uma redução desordenada de endividamento no mercado interbancário."


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