Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Oferta de emprego não evitou que milhares fossem às ruas

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

O futuro do mercado de trabalho será provavelmente a variável econômica de maior peso na eleição presidencial.

As manifestações que sacudiram e surpreenderam o país, somadas à debandada de investidores, turvam o cenário e dificultam previsões.

Depois de resistir por meses ao fraco desempenho da economia, o emprego mostra sinais de arrefecimento.

A demora para que o mercado de trabalho sinta a desaceleração é uma tendência normal. Mas no Brasil foi exacerbada pelos altos custos de demitir e contratar.

Confirmada a fraqueza do crescimento no início do ano, o setor produtivo reagiu, contratando menos e demitindo.

Mais recentemente, no entanto, a economia deu sinais de recuperação. Assim, prevalecem projeções de que o desemprego subirá um pouco, mas permanecerá baixo.

Se esse cenário se confirmar, deveria ser ainda favorável à popularidade da presidente Dilma Rousseff.

A teoria, afinal, diz que estar empregado influencia a sensação de bem-estar.

Mas o desemprego baixo não evitou que milhares fossem às ruas. Os protestos ocorrem em um momento delicado para os emergentes, à medida que investidores tiram recursos desses mercados para aplicá-los nos EUA.

A combinação da ebulição doméstica e o contexto externo desfavorável dificilmente não terá impacto negativo na economia. A consequência disso para o emprego influenciará o cenário político.

Mas tudo vai depender do tamanho do estrago. Neste momento em que especialistas têm dificuldade em explicar o presente, mais difícil ainda é arriscar o futuro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página