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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Suco de laranja despenca no mercado externo

O preço do suco de laranja azedou de vez na Bolsa de commodities de Nova York. O primeiro contrato do mercado futuro recuou para US$ 1,34 por libra-peso (454 gramas), queda de 4,4% no dia e de 13% no mês.

Esse recuo se deve a vários fatores, porém o mais recente são os dados de retração de consumo nos Estados Unidos, onde a procura pelo produto teve forte queda nas últimas quatro semanas.

Apesar de produtores e indústrias brasileiros não darem muito crédito aos movimentos repentinos de alta e de baixa na ICE (a Bolsa de commodities de Nova York), considerando-os especulativos, o cenário não é favorável aos preços no momento.

Uma coisa é certa: o suco não tem motivos para alta. O estoque do Brasil localizado dentro e fora do país é correspondente a pelo menos sete meses de exportações.

E essa queda de consumo não ocorre apenas nos Estados Unidos, mas também na Europa. Já na Ásia, não há o crescimento previsto.

No próximo ano, os preços devem ter uma acomodação. A produção da Flórida, principal produtor nos Estados Unidos, cai acima do previsto. Já a produção paulista, mesmo com o recuo deste ano, ainda está elevada.

A eliminação de pomares e a falta de tratos nos pomares nessa duas principais regiões produtoras deverão reduzir a oferta de laranja nos próximos anos.

Se houver uma pequena reação da demanda e a concretização de queda na produção, os preços do suco vão para cima.

Diante dessas incertezas, no entanto, muitos produtores vão deixar o mercado. Preços não remuneradores e aceleração de custos retiram a renda do campo.

Mais trigo O Canadá, um dos exportadores do cereal, elevará a área de plantio para 10,5 milhões de hectares, 9% mais do que em 2012.

Oferta maior A produção canadense deverá aumentar a oferta de trigo no mundo. Isso poderá aliviar o Brasil, que é importador. Se mantida a queda do real, os gastos serão mais elevados.

Tendência Os preços altos da soja e do milho atraíram os produtores canadenses, que utilizarão área recorde para esses produtos.

Quem perde As tradicionais produções de canola, cevada e aveia vão perder espaço para essas outras culturas, segundo estatísticas divulgadas ontem pelo governo do Canadá.

Caminho de volta O frango ainda está distante dos R$ 3 por quilo do início deste ano, mas os preços avançam. O quilo de ave viva foi a R$ 2,05 ontem nas granjas paulistas. Em Minas Gerais, esteve a R$ 2,20.

Bienalidade Há redução da diferença entre as safras de alta e de baixa de café. É o que constata a empresa O'Coffee, grupo de seis fazendas da Sol Panamby.

Clima Não fosse uma chuva de granizo no início deste ano, que destruiu produção de 3 mil sacas, a safra que está sendo colhida repetiria o volume de 2012, de 33 mil sacas, diz o superintendente Edgard Bressani.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Nova York

Algodão
(cent. de US$)*85,09

Açúcar
(cent. de US$)*17,07

Chicago

Milho
(US$ por bushel)6,57

Soja
(US$ por bushel)15,25

*por libra-peso


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