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Análise

Crédito mais barato acontece por Selic não ter efeito imediato

ALAN GHANI ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma série de estudos e a experiência internacional mostram que o crédito tem impacto positivo no crescimento de um país ao estimular o consumo e o investimento.

O mais recente relatório do BC aponta expansão de 1,5% do total de crédito (recursos livres e direcionados) de abril para maio e de 16,1% na comparação anual.

Chama a atenção a queda de 0,4 ponto percentual da taxa de operações com recursos livres justamente em momento de aumento da taxa de juros básico da economia (Selic) e do incremento do prêmio pelo risco, evidenciado na elevação da curva de juros de mercado.

A aparente contradição pode estar relacionada ao lag temporal entre a taxa básica de juros Selic e seus efeitos nos canais de crédito. A queda da taxa de juros de recursos livres em maio provavelmente foi influenciada pela Selic de meses anteriores.

Pode-se argumentar também que o aumento recente da taxa Selic teve efeitos práticos irrisórios para afetar a concessão de crédito pelos canais de empréstimos e financiamentos convencionais.

Outro ponto relevante é a elevação do crédito imobiliário (33,8% contra maio de 2012). Nesse caso, as famílias adquirem um ativo real que serve que como investimento.

Se a queda da taxa de juros para recursos livres tem efeitos positivos para o crescimento econômico, ela traz também riscos inflacionários ao estimular ainda mais o consumo diante de uma capacidade produtiva esgotada --e vale lembrar que o risco inflacionário é particularmente relevante no contexto atual.


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