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Análise

Empresas esperam sinais de recuperação para investir

SILVIO SALES ESPECIAL PARA A FOLHA

A divulgação do resultado do PIB para o terceiro trimestre de 2012 surpreendeu negativamente, sobretudo pela desaceleração do setor de serviços (de 0,8% para 0,3%, no período seguinte) e ampliou a busca por informações que possam ser incorporadas aos modelos de medição.

O setor de serviços é o maior empregador do país e o responsável pela maior fatia do PIB. Mas a natureza heterogênea de seus segmentos e a intangibilidade de sua produção, entre outras coisas, tornam a medição de sua atividade mais complexa.

Após sustentar uma trajetória declinante e revertê-la brevemente, os índices de confiança no setor de serviços entre abril e junho retomaram a tendência de queda, sugerindo que a moderação na atividade se estenderá ao menos até o fim do primeiro trimestre.

Os quesitos que medem a percepção das empresas sobre o momento presente formam o Índice da Situação Atual, que destaca a demanda no mês (em queda ao longo do segundo trimestre).

Há, no entanto, um alento na observação mais recente da série, influenciada pela melhora de expectativas: a confiança permanece estável entre maio e junho.

Como as expectativas se movem de modo mais regular (sem a volatilidade do Índice de Situação Atual), é possível que o resultado de junho marque o início de uma recuperação da confiança para os meses seguintes, menos no sentido de uma aceleração forte da atividade, e mais no sentido de reverter a fase de desaceleração trimestral.

Essa recuperação do Índice de Expectativas, que entre maio e junho cresce 0,4%, é influenciada por segmentos que têm características específicas: serviços de informação; serviços prestados às famílias (alimentação, alojamento e serviços pessoais) e serviços de transporte.

Levando em conta a evolução recente da confiança de serviços e de sua relação com o PIB setorial, porém, as indicações são de um segundo trimestre com ritmo igual ou menor que o 0,5% observado no primeiro trimestre.

A inflação crescente, o mercado de trabalho apertado e em desaceleração, o rendimento real com ganhos decrescentes e o elevado comprometimento da renda com consumo já realizado parecem estar influenciando a demanda por serviços.

Afeta, assim, a percepção das empresas, que parecem à espera por sinais mais evidentes de recuperação.


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