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Empresários reclamam de custo extra de proteção

Mercado de seguros deve criar mais produtos

DE SÃO PAULO

Empresários, lojistas e chefs de restaurantes temem que o gasto com seguros para protegê-los de ações de vandalismo ou arrastões, como os que ocorreram recentemente em São Paulo, tenha impacto nos negócios.

Danielle Dahoui, proprietária do Ruella, restaurante do Itaim Bibi, alvo de um dos arrastões que aconteceram na zona oeste da cidade, diz que, para fazer um seguro contra arrastões, seu custo dobraria --custaria cerca de R$ 8.000 por ano.

"Além dos R$ 4.500 por mês com sistema de vigilância, câmeras e monitoramento das imagens, teria de gastar o dobro", afirma.

"O meu restaurante é pequeno, não tem lucro como os grandes, de 18% a 25%. Esse custo pesa e não é a solução." Ela e um grupo de empresários e trabalhadores do setor vão cobrar do governo medidas para intensificar a segurança.

A Porto Seguro é uma das empresas que oferecem no mercado produtos desse tipo, com cobertura para roubo de bens e dinheiro e indenização para danos sofridos por funcionários e clientes de bares e restaurantes.

Nilton Dias, diretor da Seguralta, franquia que atua como corretora de seguros, notou aumento na busca de informação por seguros após as manifestações.

"A consulta cresceu principalmente entre comerciantes de médio e pequeno porte. Pessoas físicas também buscam mais seguros, com o aumento da violência e da renda e o maior acesso à informação sobre os produtos."

Dados da Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais) mostram que o segmento de seguros gerais cresceu 13% em 2012 e girou R$ 48 bilhões. Na comparação de janeiro a abril deste ano com igual período de 2012, a expansão foi de 21%. No mesmo quadrimestre, o seguro patrimonial cresceu 15%.

VANDALISMO

"Com os atos de vandalismo, praticados por uma minoria que não reflete a maioria, tivemos prejuízo de R$ 3 milhões. E os seguros feitos não cobrem esse tipo de procedimento", diz Ronaldo Sielichow, presidente do Sindilojas de Porto Alegre, que representa 18 mil lojistas.

Luiz Alberto Pomarole, diretor da Fenseg, recomenda que empresários consultem profissionais para evitar custos desnecessários. "Se o negócio é no 10º andar, não faz sentido ter a mesma cobertura de quem tem comércio no térreo."


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