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EUA criam mais empregos que o esperado

Dados de junho embasam promessa do Fed de começar a retirar estímulo econômico

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

A economia americana criou 195 mil empregos em junho, informou ontem o Departamento do Trabalho, que também revisou para cima os dados sobre maio e abril.

O resultado superou as estimativas de analistas e sugere avanço consistente no mercado de trabalho, embora não seja considerado ideal ainda.

As Bolsas reagiram bem, e o índice Dow Jones, que reúne as principais ações do mercado americano, subiu 0,98% ontem, enquanto o mais amplo S&P avançou 1,02%.

Os dados positivos também embasam a recém-anunciada decisão do Federal Reserve (banco central dos EUA) de arrefecer, a partir deste semestre, a recompra de títulos da dívida do país para estimular a economia, diz Russ Koesterich, da firma de investimentos BlackRock.

Nos seis primeiros meses do ano, foi criada uma média de 202 mil postos mensais, acima dos 183 mil de 2012.

A taxa de desemprego, entretanto, permaneceu em 7,6% porque a população economicamente ativa teve alta de 177 mil pessoas em junho.

Ou seja: mais pessoas voltaram a procurar trabalho após sentirem que as possibilidades melhoraram, no que pode ser interpretado como sinal de aquecimento e uma mudança no padrão da modesta aceleração da atual retomada, que nos últimos meses registrara desalento.

O governo considera desempregado quem está procurando ocupação e não encontra, e não pessoas que desistiram no último mês.

O relatório de ontem mostra ainda diminuição constante do emprego no setor público, alvo de cortes drásticos nos programas de repasse do governo federal ante a necessidade de ajuste fiscal, iniciada no ano passado.

Enquanto o empregador privado adicionou 202 mil vagas, o governo retirou 5.000. Os salários médios registraram ligeiro aumento.

RUMO DO FED

Em meados de junho, os mercados reagiram negativamente quando o Fed comunicou que pode começar a reduzir o programa de compra de US$ 85 bilhões mensais em títulos em breve, se a situação econômica for favorável.

O fim do estímulo fica para junho de 2014, se o avanço conduzir a uma taxa de desemprego em torno de 7%.

Desde o ano passado, o programa de compras levou as taxas de longo prazo a níveis históricos de baixa, estimulou recordes de altas nos mercados de ações e encorajou consumidores e empresas a emprestar e gastar.

O Fed também condicionou a manutenção dos juros referenciais da economia na atual faixa de zero a 0,25% ao ano ao mercado de trabalho.

Se o desemprego cair a 6,5%, a taxa poderá finalmente subir --o que deve atrair para os EUA investidores que hoje alocam recursos em emergentes como o Brasil.


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