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Microsoft muda em reação a Apple e Google

Empresa redefine sua estrutura de modo a criar uma plataforma unificada que concorra com iOs e Android

Ideia é tentar romper barreiras entre divisões que eram consideradas responsáveis pelo bloqueio de ideias

DO "FINANCIAL TIMES", EM SAN FRANCISCO

Steve Ballmer, presidente-executivo da Microsoft, anunciou um realinhamento operacional e mudanças no comando executivo da empresa, em nova tentativa de recriar a produtora de software para uma era na qual as regras vêm sendo ditadas por rivais como a Apple e o Google.

As mudanças têm por objetivo posicionar a companhia melhor a fim de que crie novas experiências de computação capazes de aproveitar os aparelhos e serviços móveis que vêm definindo a maneira pela qual a tecnologia chega aos usuários, afirmou Ballmer em um e-mail aos funcionários da Microsoft.

A reforma na estrutura da empresa inclui uma tentativa de romper as barreiras entre as grandes divisões operacionais que por muito tempo mantiveram o pessoal da Microsoft isolado em silos cuidadosamente definidos.

Muitos observadores e antigos executivos atribuem a essa separação a responsabilidade por bloquear ideias novas que abarquem toda a gama de atividades da Microsoft.

Também representa uma completa reversão na estrutura que Ballmer adotou em 2005, quando ele criou um quadro de líderes divisionais poderosos e autônomos.

A abordagem agora abandonada, adotada para copiar o sucesso de empresas como a General Electric, deixou a Microsoft mal preparada para o veloz mundo da tecnologia, afirma Rob Helm, analista na consultoria Directions on Microsoft.

O desejo de defender o faturamento propiciado pelo sistema operacional Windows para computadores, principal fonte de receita da companhia, é visto há muito como um arrasto para a inovação.

SMARTPHONES E TABLET

A influência do Windows está desaparecendo, à medida que a computação pessoal caminha para os smartphones e tablets, dominados por software produzido pela Apple e o Google.

Uma pessoa que conhece o pensamento da companhia disse que a ideia era que a reorganização, por si, não bastaria para reanimar as perspectivas da Microsoft, e que atenção também estava sendo dedicada a áreas importantes como a estratégia e a contratação de talentos para as principais posições executivas.

O realinhamento da companhia já deveria ter acontecido, mas continua a fazer sentido diante do novo ambiente de mercado que a Microsoft vem encarando, acrescenta essa fonte.

Sob o novo plano de Ballmer, os engenheiros da Microsoft ficarão em quatro grupos, concentrando, por exemplo, todos os envolvidos em sistemas operacionais para produtos como computadores, aparelhos móveis e o console de videogame Xbox em um mesmo grupo, enquanto antes eles estariam separados em diferentes divisões.

Isso deve facilitar para a Microsoft a criação de uma plataforma unificada de software que opere em todo tipo de aparelho, o que permitiria que ela concorresse com o software Apple iOS e o Google Android, de acordo com analistas.

"Isso é algo que eles precisam resolver; precisam remover a fricção interna para concretizar essa mudança", disse Al Hilwa, analista da IDC.


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