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Oi vende empresa de cabos e torres para reduzir seu endividamento
Negócio de R$ 2,4 bi é parte de plano para se desfazer de bens que não são essenciais ao serviço
Operadora também quer repassar prédios e outros imóveis; operações dependem de aprovação da Anatel
A Oi anunciou ontem a venda de sua empresa de cabos submarinos GlobeNet para o fundo de investimento em infraestrutura do BTG Pactual por R$ 1,7 bilhão.
A operadora também vendeu para a SBA Torres Brasil os direitos de exploração comercial de 2.113 torres por R$ 686,7 milhões.
As operações fazem parte de um plano estratégico da companhia de se desfazer de ativos fora do foco do negócio: a prestação de serviços de telefonia, internet e TV por assinatura no país.
Esse plano começou a ser implementado no fim do ano passado e deverá render cerca de R$ 5 bilhões até o final de 2014, entre direitos de exploração de torres e antenas, a venda de prédios e outros imóveis que não são essenciais ao serviço.
Até o momento, já foram negociados os direitos de 5.200 torres, algo em torno de R$ 1 bilhão. Com as vendas de ontem, a empresa deverá receber mais R$ 2,4 bilhões.
Além dos recursos, a operadora deixa de ter custos fixos com a manutenção e não precisa investir nas empresas vendidas --a responsabilidade passa a ser do comprador.
A expectativa do mercado é que esse montante seja usado para equacionar o endividamento, maior problema da Oi que, com a compra da Brasil Telecom, viu sua dívida saltar para quase R$ 30 bilhões, em 2010. No primeiro trimestre deste ano, a dívida líquida era de R$ 27,6 bilhões.
GARANTIA
A Oi vendeu ativos, mas se tornou cliente de suas antigas empresas. Na GlobeNet, o BTG Pactual ficará com a rede de cabos submarinos de fibra óptica de 22,5 mil quilômetros que interligam EUA, Bermudas, Colômbia, Venezuela e Brasil. Em contrapartida, continuará fornecendo os serviços de conexão à Oi e suas controladas por meio de um contrato de longo prazo.
Com a SBA Torres Brasil, as torres não podem ser vendidas. Por isso, a empresa só comprou o direito de exploração. A Oi continuará usando essa infraestrutura.
Os negócios ainda aguardam a aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para serem efetivados.