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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Valor da produção agrícola aumenta, mas em ritmo menor que o previsto

A desaceleração dos preços agrícolas afeta as receitas dos produtores. No início do ano, o Ministério da Agricultura previa um Valor Bruto da Produção de R$ 283,5 bilhões, 16,3% acima do de 2012.

Dados de ontem apontam recuo para R$ 272,2 bilhões, valor que, se confirmado, representará alta de 9,4% ante os R$ 248,7 bilhões de 2012.

Os números fazem parte de acompanhamento da AGE (Assessoria de Gestão Estratégica), órgão do ministério, e representam a soma de produção de 17 itens do setor.

José Gasques, coordenador da AGE, aponta que a soja continua sendo o produto de maior valor de produção.

As receitas com a oleaginosa deverão atingir R$ 80,6 bilhões. Esse valor supera em 17% o de 2012, mas é inferior aos R$ 89,3 bilhões previstos no início do ano.

Apesar da queda do valor total das receitas, três produtos apresentam melhora. Dois deles são importantes na agricultura de São Paulo: cana-de-açúcar e laranja. O outro foi o tomate.

A recuperação da produção e dos preços desses produtos manteve os paulistas na liderança nacional no valor produzido. Para o ministério, São Paulo terá receitas de R$ 50,9 bilhões neste ano.

Entre as três principais regiões produtoras do país, Centro-Oeste é a que menos cresce neste ano. Tendo soja e milho como base da produção, os produtores dessa região terão receitas totais de R$ 73,3 bilhões, 1,4% mais do que em 2012.

Já as regiões Sudeste e Sul terão evoluções de 16,3% e 26,1%, respectivamente

O Rio Grande do Sul, após a forte queda de renda no ano passado devido aos efeitos climáticos sobre as lavouras, deverá crescer 42%.

NÍQUEL
+1,16%
Ontem, em Londres

SUCO DE LARANJA
+2,26%
Ontem, em Nova York

Clima Várias regiões produtoras dos Estados Unidos apresentam umidade do solo abaixo dos 70%, o que compromete o pleno desenvolvimento das lavouras.

Temperatura A ausência de chuvas regulares e em boa intensidade faz com que ocorram temperaturas elevadas nos EUA, diz Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Somar.

Café Já em Minas Gerais, as chuvas, conjugadas com a falta de mão de obra, provocam atraso na colheita deste ano em relação ao ritmo dos períodos anteriores.

Qualidade A chuva sobre as lavouras paranaenses de feijão prejudica a qualidade do produto.

Pecuária brasileira tem de investir mais em tecnologia

A constatação não é nova, mas a pecuária brasileira tem de investir em tecnologia para continuar em destaque no cenário mundial.

A avaliação é de pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) que participaram de discussões mundiais sobre o setor no mês passado no Reino Unido.

O custo da produção brasileira ainda é competitivo, mas essa vantagem vem diminuindo. Os chineses têm custo três vezes maior que os brasileiros na produção de carne bovina; os europeus, duas; e os norte-americanos, uma vez e meia.

A demanda por carne avança, mas as pastagens disputam espaço com outras culturas (soja e milho) mais rentáveis do que a pecuária.

China importará mais trigo para repor estoques

A produção mundial de trigo deverá atingir 698 milhões de toneladas na safra 2013/14, um volume 2 milhões de toneladas acima do previsto no mês passado.

Pelo menos metade desse volume a ser acrescido virá dos Estados Unidos. Austrália e União Europeia também têm safra maior. Os europeus deverão produzir 138,6 milhões de toneladas, a terceira maior da região.

Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), que prevê redução do estoque mundial para 172,4 milhões de toneladas, o menor em cinco anos.

A China terá grande importância nesse mercado, já que aumentará as importações de trigo de qualidade para equilibrar o abastecimento interno e repor os estoques.


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