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Dilma diz que só fará corte se for justificável

Cresce no governo defesa sobre bloqueio mínimo ou até nulo no Orçamento; reunião com Mantega termina sem decisão

Planejamento e Casa Civil temem impactos no PIB; para Fazenda, corte daria sinal positivo ao mercado

NATUZA NERY TAI NALON DE BRASÍLIA

Após várias horas de reunião ontem no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que só fará corte adicional nas despesas do governo que seja realmente justificável.

O encontro de ontem terminou sem decisão, mas cresceu a defesa por um corte mínimo ou, até, nulo.

Segundo a Folha apurou com integrantes da área econômica, os ministérios do Planejamento e da Casa Civil estão travando uma batalha contra a Fazenda para evitar que o bloqueio orçamentário prejudique investimentos federais e acentue a desaceleração do PIB.

A proposta da Fazenda é de um corte entre R$ 11 bilhões e R$ 13 bilhões, mas a conta não ganha eco nesses dois ministérios. As três pastas integram a chamada junta orçamentária. Essa é a primeira vez que Planejamento e Casa Civil contestam a proposta da Fazenda dessa forma.

Durante a reunião, afirmou-se que uma economia no montante proposto por Mantega tiraria recursos da Saúde e da Educação, comprometendo, por exemplo, a criação de cursos de engenharia e medicina.

A Fazenda quer promover o bloqueio orçamentário para dar ao mercado sinalização de responsabilidade fiscal, em um momento que a inflação tem levado o Banco Central a elevar a taxa de juros básica da economia, a Selic.

NA META

Mais cedo, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Dilma disse ter "certeza" de que a inflação vai fechar 2013 dentro da meta do governo, de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos.

Diante de ministros, empresários e representantes da indústria e do comércio, Dilma destacou que a inflação "vem caindo de maneira consistente" nos últimos meses e, em julho, ficará "muito próximo de zero".

Em junho, o índice oficial IPCA desacelerou ante maio, fechando em 0,26%, mas ultrapassou o teto da meta em 12 meses, chegando a 6,7%. O mercado prevê que o IPCA fechará o ano em 5,8%.

"É incorreto falar em descontrole da inflação ou das despesas do governo. É desrespeito aos dados, à lógica, para dizer o mínimo. A informação parcial, da forma que muitas vezes é explorada, confunde a opinião pública e visa criar um ambiente de pessimismo. O barulho tem sido muito maior que o fato", afirmou Dilma.

A presidente afirmou ainda que a pressão inflacionária é "fruto de algumas questões que não controlamos". Citou, com isso, o que chamou de "choque forte de oferta", que aconteceu, segundo ela, no segundo semestre do ano passado e que "repercutiu fortemente" neste ano.


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