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Especial / Mercado MPME

Cresce o número de investidores focados em pequenas empresas

Tradição de abrir um negócio usando capital da família ou de amigos muda aos poucos no Brasil

Vinda ao país de fundos estrangeiros acelera expansão do mercado; investidor oferece tanto capital quanto mentoria

FILIPE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado para investimento em empresas inovadoras no Brasil está recebendo novos participantes.

Antes, valia uma piada em inglês. Para se iniciar uma empresa, era necessário recorrer um dos três Fs: family, friends ou fools --família, amigos ou tolos.

Agora, porém, é possível notar no país o surgimento de um ambiente mais consolidado com investidores, fundos de investimento e empresas que se especializam para apoiar start-ups.

Cada um deles atua em um momento específico da empresa, com um tipo diferente de apoio, tanto financeiro quanto de mentoria e ajuda com recrutamento.

Enquanto o chamado "investidor-anjo", por exemplo, é o que mais atua no início, oferecendo capital quando a empresa ainda está em um estágio embrionário, fundos de capital de risco (ou de "venture capital") tendem a escolher empresas que já definiram melhor o seu modelo de operação.

Além disso, o empreendedor deve saber em que setores o investidor que ele procura prefere investir, diz Gustavo Caetano, criador da empresa Sambatech e presidente da Associação Brasileira de Startups. "Uma start-up de mídia, por exemplo, não deve focar a busca de um investidor especializado em comércio pela internet", diz.

Com a quantidade de recursos disponíveis, Caetano diz que o empreendedor não deve se precipitar para buscar recursos. "Se a empresa ainda não entendeu seu modelo de negócios e cai dinheiro na mão, pode ser pressionada a gastar antes da hora --e a chance de errar é grande."

Políticas públicas também apoiam o desenvolvimento de start-ups. Entre elas, destaca-se o programa Startup Brasil, gerido pelo Ministério da Ciência. Tecnologia e Inovação.

Lançado em novembro de 2012, ele está selecionando 50 start-ups no segundo semestre de 2013 e mais 50 no início de 2014. As empresas serão subvencionadas com até R$ 200 mil.

Cassio Spina, fundador da organização Anjos do Brasil, que tem como meta divulgar a modalidade de investimento e as melhores práticas para os investidores, diz que o investimento em empresas iniciantes sempre existiu, mas de modo mais informal.

Com dois anos, a Anjos do Brasil tem 220 investidores cadastrados. Para aumentar os aportes, eles podem atuar em conjunto na hora de financiar uma empresa.

Para Mike Ajnsztajn, fundador da aceleradora de negócios Aceleratech, o ecossistema de investimentos brasileiro ganhou força há três anos, com a vinda de fundos de capital de risco estrangeiros.

Por ser muito jovem, possui algumas imaturidades, diz. "Alguns investidores-anjo daqui se comportam de uma maneira muito agressiva, querendo mandar na empresa."


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