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Lojistas do Bom Retiro e do Brás vão à internet

Confecções tentam aproveitar a expansão do e-commerce no país

'Lojas físicas não se modernizaram e perdem espaço; a insegurança também afastou o público', afirma lojista

MARIANNA ARAGÃO DE SÃO PAULO

Pequenos empreendedores da região de comércio popular do Bom Retiro e do Brás, em São Paulo, estão descobrindo o e-commerce.

Iniciativas de grupos de internet têm levado esses empresários, de varejo e do atacado, a abrir uma loja virtual e a fazer parcerias na web.

A maior parte dos lojistas da região vende roupas, calçados e acessórios, um dos segmentos do comércio eletrônico que mais cresceram no Brasil nos últimos anos.

Segundo a consultoria e-bit, a categoria foi a segunda mais vendida na internet em 2012, com 12,2% do volume dos pedidos. No entanto, os comerciantes das áreas de comércio popular ainda estão à margem dessa evolução, diz Ricardo Jordão, diretor de marketing da japonesa Rakuten, de serviços de internet.

"São lojistas que têm bons produtos, mas que, por falta de tempo ou capacitação, ainda não vendem na web", diz.

Há cinco meses, a empresa de "marketplace" (que abriga lojas virtuais de diferentes marcas) começou a visitar comerciantes do Bom Retiro.

Nove lojistas do bairro abriram um e-commerce dentro do portal, pagando uma mensalidade de R$ 200. Segundo Jordão, 50 lojistas devem estar no site até o final do ano.

Rubens Choi Sanchez, da loja de bolsas e acessórios Betty Bella, diz que a queda no fluxo de visitantes na região nos últimos anos motivou o investimento no comércio eletrônico. "As lojas físicas não se modernizaram e vêm perdendo muito espaço para o on-line. Questões como insegurança também afastaram o público", afirma.

Os donos do negócio destacaram um funcionário só para tocar a operação virtual. Em um ano, a previsão é que as receitas com o e-commerce cheguem a 50% do total.

No Brás, a empresa de internet Webforce se uniu aos donos do maior shopping de atacado da região, o Megapolo, para criar uma plataforma de negócios on-line.

"O pequeno comerciante enfrenta todas as barreiras possíveis do e-commerce: falta de capital, estrutura, uma marca pouco conhecida", afirma Caio Mário de Andrade, sócio da Webforce.

O canal eletrônico faz ainda mais sentido para os comerciantes do Brás, diz ele, porque boa parte dos compradores vem de outras cidades. "Eles continuarão indo lá porque querem ver o produto, sentir o tecido, mas [a internet] pode ajudar nas compras de reposição de estoques e na comunicação."

De acordo com Caio, 3.800 varejistas já aderiram à plataforma e a meta é atingir 10% dos atacadistas da região dentro de um ano.

Segundo a Alobrás (associação dos lojistas), os 5.000 comerciantes da região faturam R$ 12 bilhões por ano.


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