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Londres discute a ampliação ou a desativação de Heathrow
Aeroporto mais movimentado da Europa opera no limite
No primeiro depoimento de "Londoners", um dos livros mais vendidos no Reino Unido em 2012, o piloto Kevin Pover conta as agruras de chegar à capital britânica.
Os aviões ficam presos numa longa fila de espera e precisam voar em círculos até receber permissão para pousar em Heathrow. Como abelhas ao redor de um pote de mel, compara o comandante.
O aeroporto mais movimentado da Europa opera no limite da capacidade. O problema preocupa os britânicos e abriu uma guerra por investimentos bilionários. Diversos projetos foram apresentados nos últimos dias, e um deles será escolhido até 2015.
A opção mais óbvia, abrir uma terceira pista em Heathrow, enfrenta forte resistência. Moradores e ambientalistas são contra, e o prefeito Boris Johnson promete vetá-la.
Até a rainha, que passa os fins de semana no vizinho Castelo de Windsor, seria afetada pelo barulho dos aviões.
Entre as vantagens de expandir o velho aeroporto, estão a infraestrutura já existente e as ligações de trem e metrô ao centro de Londres.
Com a popularidade em alta, Johnson faz lobby aberto por um projeto visto como megalômano: a construção de um mega-aeroporto de quatro pistas sobre uma ilha artificial na foz do rio Tâmisa.
A proposta causaria o fechamento de Heathrow. Ela perdeu força nos últimos dias devido ao custo estimado em até R$ 170 bilhões.
Como alternativa, o prefeito apoia um novo superaeroporto na ilha de Grain, também na foz do Tâmisa.
Suas desvantagens são o preço (R$ 82 bilhões) e o prazo (só ficaria pronto em 2029).
Correm por fora ideias para expandir os aeroportos de Gatwick, ao sul de Londres, e Stansted, ao norte. Os defensores de Heathrow dizem que sua desativação tiraria 114 mil empregos e criaria uma cidade-fantasma.
