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Corte é crível e transparente, diz Mantega

Em resposta velada ao presidente do BC, ministro afirma que política fiscal contribui para aumentar confiança no país

Ao justificar otimismo maior que o do mercado para economia, Mantega diz que 'não se muda de PIB como de roupa'

DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu ontem a política fiscal do governo e disse que ela contribui para aumentar a confiança na economia brasileira.

Na contramão de declarações recentes do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a política fiscal do governo seria expansionista --ou seja, estaria contribuindo para aumentar a demanda na economia--, o ministro disse que a política é "neutra".

Sem citar o BC, Mantega enfatizou que o ajuste proposto é "crível" e "transparente", o que foi interpretado como resposta velada a uma declaração de Tombini, em entrevista ao "Estado de S. Paulo", sobre a necessidade de deixar claro o tamanho do corte e onde ele será feito para retomar a confiança.

Para Mantega, a confiança é "relativa". Ele lembrou que no início do ano as apostas eram totalmente favoráveis ao Brasil.

"A confiança é muito relativa, está sujeita a muitos fatores, cada um coloca o ingrediente que quiser", ponderou o ministro, citando notícia de que a gravidez real da duquesa de Cambridge teria contribuído para reanimar a aposta na economia britânica.

MUDAR DE ROUPA

Ao revisar ontem a taxa de crescimento da economia neste ano, o ministro Guido Mantega (Fazenda) justificou uma projeção mais otimista que a do mercado financeiro argumentando que não se pode "mudar de PIB como quem mudamos de roupa".

Depois, reconheceu que o governo, por uma diferença de método, pode ficar "atrasado" na troca do figurino.

O corte de R$ 10 bilhões nas despesas orçamentárias anunciado ontem foi calculado com base em uma estimativa de crescimento de 3% para o PIB neste ano. A projeção anterior era de um crescimento de 3,5%.

Apesar da redução, o novo número ainda está bem acima dos 2,3% projetados por analistas.

"Não fazemos exatamente uma previsão de PIB para efeito econômico, fazemos uma previsão de PIB para efeito orçamentário, para pautar as nossas receitas, nosso indexadores."

Uma projeção de crescimento mais otimista contribui para inflar a projeção de receitas do governo --e a reduzir a necessidade de cortes.

Nas reestimativas do Orçamento de 2013, o governo também aumentou em R$ 7,4 bilhões a previsão de receitas de concessões, de R$ 15,7 bilhões para R$ 23,1 bilhões.

O número, segundo o governo, reflete projeção de arrecadação maior com o leilão do campo de Libra, na camada do pré-sal, marcado para outubro, e de outras concessões, não especificadas.


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