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Criação de empregos tem 1º semestre fraco

De janeiro a junho, foram 826 mil novas vagas, redução de 20% em comparação com 2012

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Pelo terceiro ano consecutivo, o país fechou o primeiro semestre com queda no número de empregos criados.

De janeiro a junho deste ano, foram 826 mil novos postos de trabalho, queda de 20% sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho.

Foi o pior resultado para os primeiros seis meses do ano desde 2009, quando o Brasil ainda tentava se recuperar dos efeitos da crise financeira mundial. Naquele ano, houve criação de 400 mil vagas com carteira assinada.

O fraco desempenho fez com que a equipe técnica do Ministério do Trabalho revisasse de 1,7 milhão para 1,4 milhão a meta de criação de empregos neste ano.

Apesar de mais tímida que a projetada inicialmente, a conta ainda se baseia na premissa de que haverá crescimento ante 2012. No ano passado, houve geração de 1,3 milhão de vagas.

Mesmo com cifras mais modestas a perseguir, o ministro Manoel Dias se recusou a se comprometer com o número.

"Eu, como ministro do Trabalho, não tenho como prever se vamos criar mais ou menos empregos. Não vou dizer que vamos alcançar [a meta]. Não posso aqui me expor a isso, porque amanhã vocês vão me cobrar", disse.

O ministro afirmou que acredita na recuperação da geração de empregos nos próximos meses devido ao aumento dos investimentos. Segundo ele, o saldo do semestre não causa preocupação.

"Qual a base científica para dizer que estamos piorando? Vamos ver no fim do ano", afirmou Dias.

SUSPIRO EM JUNHO

Se o resultado dos primeiros seis meses foi fraco, o do mês de junho surpreendeu os analistas.

Foram 124 mil novos empregos, 3% acima do verificado no mesmo mês do ano passado e um avanço expressivo ante o saldo de maio, quando houve 72 mil postos criados.

Houve avanço em todos os oito setores pesquisados. A agricultura liderou a geração de empregos, com crescimento de 3,65%, por motivos sazonais, segundo o governo.

Outros segmentos tiveram crescimento marginal, como comércio e indústria da transformação, que apresentaram alta de apenas 0,09%.

Segundo Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências, apesar de expressivo, o resultado de junho não mudou a expectativa do mercado para o ano.

"Foi um suspiro. Há um quadro de acomodação da taxa de criação de empregos. Não deve piorar, mas uma recuperação expressiva é improvável", afirmou.


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