Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cliente deve procurar o cartão de crédito mais adequado a seu perfil

Programas de benefícios, como milhagem aérea, só valem a pena se usados com frequência

Cartão nacional tem anuidade mais barata; limite de crédito não deve ultrapassar 50% da renda mensal

DE SÃO PAULO

O taxista Ronaldo de Barros, 44, diz ter dificuldades para resistir a um cartão de crédito com anuidade zero. O carioca tem 13 cartões, embora só carregue três no bolso, "graças à vigilância da mulher" --detentora de outros 14 cartões.

Somados todos os limites de crédito, ele tem a seu dispor R$ 22.100, mais de quatro vezes sua renda mensal, de R$ 5.000.

Endividado, Ronaldo reconhece que sua situação "não serve de exemplo para ninguém" e diz estar tentando mudar seus hábitos, anotando todos os gastos que faz com os cartões.

Esse é o primeiro passo para fazer um uso mais racional do cartão, afirmam especialistas. E igualmente importante é restringir a no máximo 50% da renda mensal a soma dos limites dos cartões.

"Muitos usam o cartão para complementar a renda. Isso vem derrubando muitas famílias", diz Reinaldo Domingos, educador financeiro.

Antes de contratar um cartão de crédito, pesquise opções adequadas ao seu perfil, recomenda o especialista.

"Se o consumidor viaja muito de avião, um programa de milhagem do cartão de crédito é um benefício útil", afirma Domingos, ressaltando, porém, que não se deve forçar fazer compras só para ganhar milhas.

"Às vezes, sai mais barato comprar uma passagem com dinheiro do bolso do que exagerar nos gastos no cartão só para acumular pontos."

Se o consumidor não tiver o costume de viajar ou fazer compras no exterior, deve optar pelo cartão nacional, que tem anuidade mais barata, afirma Domingos.

TARIFAS

O cliente também deve estudar com cuidado as tarifas antes de contratar um cartão, afirma o educador financeiro Mauro Calil.

O consultor recomenda escolher um que não cobre anuidade. "Se não for possível, barganhe para reduzir o valor da tarifa. O banco costuma dar desconto ou zerar o encargo para manter o cliente."

Outra recomendação de Calil é evitar pagar o valor mínimo da fatura.

Se o consumidor perceber que não vai conseguir pagar a conta toda, deve contratar um empréstimo pessoal, que tem juros menores que os do cartão, para quitar o débito, afirma o especialista.

Para ter maior controle da conta, o dono do cartão não deve emprestar o meio de pagamento para outras pessoas, nem mesmo parentes. Em caso de não pagamento, o titular é o responsável pela dívida e pode ter o nome incluído em cadastros de inadimplentes e sofrer restrição à tomada de novos créditos.

Os especialistas recomendam ainda ter, no máximo, dois cartões, de bandeiras distintas, para aproveitar as promoções e os descontos oferecidos em cada uma.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página