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Mina com custo menor é aposta da Vale para encarar freio na China

Novo projeto da empresa em Carajás deve cortar ao meio preço médio do minério de ferro

TATIANA FREITAS ENVIADA ESPECIAL A CARAJÁS

A desaceleração da China, país responsável por aumentar a receita da Vale em quatro vezes na última década, levou a empresa a prever uma baixa de custos --e do preço do minério de ferro-- para enfrentar a turbulência.

É essa a aposta do projeto da mineradora em Carajás (Pará), o S11D, que recebeu em julho a licença ambiental e que deve ser o maior da indústria de minério de ferro no mundo em desenvolvimento.

Além da escala (a capacidade instalada deve ser de 90 milhões de toneladas/ano, inédita para fases iniciais), o projeto quer se diferenciar pelo baixo custo de produção.

Enquanto a Vale produz, em outras áreas de Carajás, minério de ferro a US$ 30 por tonelada, o custo no S11D será de cerca de US$ 15, diz Jamil Sebe, diretor de Projetos de Ferrosos Norte da Vale.

Além disso, o minério produzido ali deve ser mais puro, com 66,7% de ferro (a referência do mercado é 62%).

Assim, a empresa ganha competitividade em relação às concorrentes australianas e indianas, mais próximas da China, seu principal cliente.

"Quando o preço do minério começa a cair, sobrevive quem tem o menor custo de produção", afirma Sebe.

O S11D fica na área S11, na Serra Sul de Carajás, e tem reservas provadas e prováveis de 10 bilhões de toneladas.

Tem potencial para produzir, por 40 anos, 4 bilhões de toneladas de minério de ferro, mas expansões futuras dependerão da demanda.

A previsão de investimento é de US$ 19,67 bilhões --a maior parte em logística.

A Vale planeja iniciar a produção no segundo semestre de 2016 e atingir 90 milhões de toneladas em 2017.


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