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Desemprego nos EUA cai, mas ritmo de contratações é menor

Números indicam que recuperação da economia norte-americana continua lenta

Para analistas, dados podem levar banco central americano a manter por mais tempo programa de estímulo

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Apesar de o desemprego nos Estados Unidos ter alcançado em julho o menor patamar de desemprego desde o final de 2008, o ritmo de contratações do mês passado foi considerado desanimador.

As 162 mil vagas adicionadas, que o Departamento do Trabalho divulgou ontem, decepcionaram diante das 185 mil estimadas pelo mercado e da média de 189 mil alcançadas nos últimos 12 meses.

Já a queda de 0,2 ponto percentual na taxa de desemprego, que chegou a 7,4%, foi atribuída a uma redução no volume de pessoas em busca de emprego, resultado do avanço permanente, mas sem brilho, principal característica da atual retomada.

O encolhimento de 0,1 ponto na força de trabalho, para 63,4%, reverteu a expansão otimista que o dado havia registrado em junho, quando demonstrou maior esperança do americano em encontrar emprego.

O relatório de ontem é mais uma face do ritmo modesto do crescimento americano, que durante a semana já levou o Fed (o banco central do país) a comunicar a manutenção do programa de estímulo de compra mensal de US$ 85 bilhões em títulos do Tesouro. As expectativas se dividem com relação às próximas orientações do Fed sobre a saída do programa nos próximos meses.

O novo relatório pode levar a instituição a atrasar a diminuição das compras, de acordo com a Standard & Poor's.

"Apesar da queda na taxa de desemprego, acreditamos que a combinação de uma evolução fraca do PIB a lentidão das contratações reduzem a disponibilidade do Fed de iniciar a retirada do estímulo em setembro. Consideramos dezembro um cenário mais razoável", informou o relatório do BNP Paribas.

Na avaliação da consultoria Capital Economics, entretanto, o banco central não deve olhar só o resultado desanimador de julho e, sim, para a evolução cumulativa e outros sinais positivos.

No mês passado, o desempenho da indústria registrou seu melhor patamar no ano, com 55,4, ante 50,9 no mês anterior, segundo o ISM (Institute for Supply Management). O resultado do PIB, divulgado nesta semana, também surpreendeu e cresceu mais do que o esperado.

Mas a diminuição dos salários médios por hora das vagas divulgadas ontem, alocadas principalmente no varejo e nos serviços alimentícios, são um retrato da qualidade inferior do novo emprego nos Estados Unidos. A preocupação é se remunerações mais baixas vão prejudicar a disposição para o consumo.


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