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Estratégias de curto prazo premiam risco

Líderes do simulador Folhainvest ficam poucos dias com as mesmas ações e garimpam oportunidades na Bolsa

Especialistas alertam, no entanto, que é indispensável dispor de tempo para estudar o mercado e as empresas

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

O gerente de projetos Luiz Moreira Filho dedica ao menos uma hora por dia para analisar o cenário econômico e o noticiário sobre as empresas na Bolsa para garimpar oportunidades no mercado.

O investimento de tempo dá resultado: Moreira já obteve alta de 161,6% de sua carteira no Folhainvest, simulador da BM&FBovespa em parceria com a Folha. No mesmo período (de 1º/2 a 1º/8), o Ibovespa, índice que mede as ações mais negociadas, teve queda de 18,6%.

Com o desempenho, Moreira é o líder do ano, entre perto de 900 mil participantes cadastrados.

"Minha estratégia é investir no curto prazo, pois a Bolsa está oscilando muito. Compro o papel e vendo assim que o preço sobe um pouco, mesmo que haja a possibilidade de o ganho ser maior. Prefiro ter certeza de ganho do que esperar para ver", diz.

A estratégia de apostar no curto prazo é compartilhada por pelo menos metade dos dez primeiros colocados no ranking simulador.

Para José Costa, diretor da Corretora Máxima, a tática é adequada em um cenário de instabilidade da Bolsa, mas é recomendada só aos investidores que podem dedicar diariamente parte do seu tempo para avaliar o mercado.

"Não adianta comprar uma ação apenas por conhecer o nome da empresa ou porque ouviu dizer que ela é uma grande companhia", diz. "É preciso ter mais informações, como se ela tem bons resultados financeiros ou se está inserida em um setor com boa perspectiva de crescimento, por exemplo."

Costa recomenda que os investidores que não sabem ou não possuem tempo hábil para fazer tal análise procurem ajuda profissional.

Além disso, segundo o especialista, conhecer seu perfil de risco é fundamental.

FORA DO RADAR

As ações de menor porte, normalmente fora do radar do mercado, podem ser boa opção para quem quer ampliar os ganhos, mas o cuidado com as informações sobre essas empresas tem que ser redobrado.

"O investidor pode se sentir atraído a comprar um papel de menor porte apenas porque ele está subindo fortemente, o que pode ser uma armadilha. Como esses papéis normalmente têm menos negócios, em um dia sobem 20% e, no outro, caem 30%", alerta Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.

Foi o que aconteceu com Morenci Machado, que foi vencedor do simulador Folhainvest no ano passado e está em sétimo lugar no ranking de 2013, com 80,6%.

"Eu fiz o caminho inverso: primeiro comecei a investir na Bolsa para depois ir para o simulador. Eu deixei o mercado de ações porque levei um tombo", afirma.

"Comprei papéis que não eram bons, por impulso, e tive prejuízo. Aprendi que dá para ganhar com empresas menores, mas é preciso conhecê-las muito bem antes de aplicar", acrescenta.

Outra opção apresentada por Revi, da Spinelli Corretora, é o investimento em papéis que pagam bons dividendos (parte dos lucros distribuída aos acionistas), pois, assim, o investidor garante um retorno e se protege de futuras quedas das ações.


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