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Venda de ações de empresa pequena pode ser difícil

Investidor desse segmento precisa ter certeza de que dinheiro pode permanecer aplicado por mais de 3 anos

Investimento requer mais pesquisa sobre a companhia em que se vai aplicar, mas dados estão menos disponíveis

DE SÃO PAULO

Apostar nas ações de segunda linha, de empresas menos negociadas na Bolsa, exige cuidados especiais.

Um deles é ter a certeza de que o dinheiro investido em papéis desse tipo poderá permanecer aplicado durante um período longo, de mais de três anos, para que haja tempo para gerar rendimento.

"Nesse caso, é possível se beneficiar do crescimento acelerado de uma empresa em fase de expansão", afirma Alexandre Chaia, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa.

E, como a perspectiva de valorização de uma ação de segunda linha é de longo prazo, o investidor pode encontrar dificuldade para se desfazer do papel caso precise do dinheiro com urgência.

"Ele pode ser forçado a vender a ação por um preço menor que o de compra", diz Marco Aurélio Barbosa, analista-chefe da corretora Coinvalores, especializada na cobertura desse segmento, chamado no mercado financeiro de "small caps".

Além disso, o investidor pode ter de pesquisar mais para encontrar informações sobre uma empresa de segunda linha do que sobre uma de grande negociação na Bolsa.

Há, por exemplo, menos notícias sobre as "small caps" em circulação na mídia do que sobre as empresas negociadas no Ibovespa, principal índice do mercado de ações.

"Também são poucas as corretoras que cobrem as empresas menores. A maioria analisa gigantes como Vale e Petrobras, geralmente as primeiras escolhas de quem está se iniciando no mercado de ações", afirma Barbosa.

Como para qualquer investimento na Bolsa, é preciso saber se a empresa escolhida tem uma história sólida, quanto tem de dívida, se a operação é sustentável e quem está por trás dos negócios, diz o especialista.

Outra recomendação ao investidor é procurar empresas que façam parte do seu dia a dia. "Pode ser desde a companhia que fabrica a maquininha que passa o cartão de crédito até aquela que constrói armazéns para fazendas", acrescenta Barbosa.

PERSPECTIVAS

As perspectivas para essas empresas menos negociadas na Bolsa são positivas, na avaliação de Daniel Utsch, da equipe de análise da Fator Corretora.

"Elas são empresas voltadas ao mercado doméstico, e com a perspectiva de o Brasil voltar a crescer, devem aproveitar esse crescimento".

Para ele, setores como saúde, educação e serviços devem se beneficiar mais rapidamente da retomada da economia brasileira. Outra aposta dos especialistas é no agronegócio, devido ao ciclo agrícola positivo, com maior capitalização do campo e aumento dos investimentos.


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