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Inflação em julho atinge o menor nível em 3 anos

Alívio não chega aos serviços; domésticos sobem 1,45% no mês

Presidente Dilma Rousseff comemora resultado e afirma que houve 'estardalhaço' com o indicador

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Com a queda nos preços dos alimentos e a revogação do aumento das tarifas de transporte em diversas capitais, a inflação em julho apresentou a menor alta mensal em três anos.

O IPCA --referência para a meta do governo-- recuou de 0,26% em junho para 0,03% no mês passado. Mas especialistas afirmam que, passados benefícios tópicos, a inflação deve voltar a subir.

Alimentos e transportes representam 43,8% do índice de inflação. Com ambos em queda, a inflação acumulada em 12 meses recuou de 6,59% em junho para 6,27% --dentro do limite estipulado pelo governo para o ano (6,5%).

O alívio, contudo, não chegou aos serviços, que repetiram a alta do mês anterior (+0,64%). O aumento mais significativo foi no item empregados domésticos, que subiu 1,45%, resultado de uma tendência de longo prazo e dos custos provocados pela legislação dos trabalhadores.

"A oferta de empregados domésticos está reduzida com os profissionais procurando outras atividades", diz Eulina Nunes, do IBGE.

"O empregador que quer manter a funcionária teve uma despesa maior em razão dos encargos", diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

Um elemento que deve pressionar a inflação nos próximos meses é o câmbio, com a recente alta do dólar.

Em julho, o IBGE informou que ainda não houve esse efeito. Mas, segundo economistas, isso deve ocorrer.

"Teremos um reflexo cambial mais evidente na inflação", diz Monica de Bolle, da Galanto Consultoria.

DILMA COMEMORA

A queda da inflação no mês foi comemorada no governo.

Em entrevista em Varginha (MG), onde cumpriu agenda, a presidente Dilma Rousseff afirmou que houve "estardalhaço" com a inflação.

"Da mesma forma que no início do ano falavam que iria faltar energia no Brasil e depois se configurou que não existia essa possibilidade, a mesma coisa com a inflação", afirmou, acrescentando que o dado mostra "uma inflação bastante sob controle".

O ministro Guido Mantega (Fazenda) reconheceu que a inflação deve voltar a subir, mas enalteceu possíveis reflexos positivos. "Espero que neste terceiro trimestre nós tenhamos uma recuperação do consumo varejista", disse.

No mercado, houve ressalva. "Nunca se falou em descontrole da inflação e, sim, que ela está --e continua-- alta", disse o economista de um grande banco.


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