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Saiba como podem ficar seus investimentos
Apesar da inflação zero em julho, expectativa é que BC eleve mais a Selic, o que valoriza os títulos públicos pós-fixados
Alta dos juros pode ter impacto negativo na Bolsa, mas há opções nas empresas voltadas ao mercado interno
Mesmo com a inflação de apenas 0,03% em julho, especialistas mantêm a expectativa de que o Banco Central vai manter o processo de alta dos juros, iniciado em abril, com o objetivo de conter os preços no longo prazo.
Com os juros em alta, as aplicações em renda fixa, como o Tesouro Direto, por exemplo, cujos papéis remuneram levando em conta a Selic, ficam mais atraentes.
O cenário de alta da Selic é propício para que o investidor troque os papéis prefixados por pós-fixados (veja quadros nesta página).
Os títulos prefixados, como as LTNs (Letras do Tesouro Nacional), têm uma rentabilidade predeterminada. Ou seja, quem aplica já sabe quanto receberá no vencimento do contrato. Nos pós-fixados, como as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional da Série B), a remuneração não é definida de antemão.
Para Luiz Monteiro, especialista em renda fixa da gestora Queluz, as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) são boa opção de pós-fixados, pois o rendimento é atrelado a indicadores econômicos, como a própria Selic.
Por outro lado, o aperto no crédito freia o crescimento econômico, o que tem reflexo negativo na Bolsa.
Mesmo com esse cenário, especialistas lembram que também há boas oportunidades na Bolsa, mas é preciso garimpar as melhores opções.
"Existem setores voltados ao mercado brasileiro que estão tendo um desempenho positivo e deverão manter esse ritmo", avalia Pedro Galdi, da SLW Corretora. "É o caso de educação e saúde."
Os juros devem se manter em alta porque "a alta da Selic é uma medida que começa a fazer efeito em cinco ou seis meses, pelo menos", diz Priscila Godoy, economista da consultoria Rosenberg & Associados.
[O ministro] Mantega afirmou que a inflação pode voltar a subir, indicando que a política do governo de aumento na Selic será mantida. A ideia é aumentar a taxa para conter a inflação em 2014."
Após três altas seguidas, a Selic está em 8,5% ao ano, e as apostas são de novo aumento neste mês, para 9%.
Presente para Dia dos Pais sobe menos que a inflação
folha.com/no1322955
