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Análise

Infraestrutura é a bola da vez, mas investidores devem agir com cautela

JOHN AUTHERS DO "FINANCIAL TIMES"

A infraestrutura é a próxima grande tendência de investimento. A demanda das grandes instituições, desesperadas por retornos que substituam os títulos e as ações, é intensa.

Enquanto isso, a oferta de oportunidades de investimento cresce, e o financiamento bancário, fonte tradicional de recursos, cai.

O perigo é haver uma corrida de compra de ativos que os investidores institucionais não compreendem, o que pode provocar uma bolha.

O apelo da infraestrutura é que o segmento oferece retornos superiores aos dos títulos: podem atingir os 7% a 8%. Também parece oferecer redução de risco sem reduzir a expectativa de retornos.

Segundo uma pesquisa americana, três "ativos reais" --terras aráveis e florestas, infraestrutura e imóveis comerciais-- exibiram essas propriedades mágicas entre 1978 e 2012. Mas pode-se dizer que isso persistirá no futuro? Não existem ainda dados para realizar previsões, e as constatações do estudo podem bem refletir apenas a vantagem dos ingressantes iniciais.

Do lado dos projetos, governos veem as obras como forma de estímulo à economia ou de desenvolvimento. A Costa do Marfim deve investir US$ 10 bilhões, o México, US$ 312 bilhões; a China anunciou iniciativas para atualizar energia e tecnologia da informação.

Quanto ao financiamento, fundos operando fora dos bancos devem oferecer US$ 25 bilhões apenas a projetos na Europa este ano. O problema é que eles não têm acesso a recursos de seus bancos centrais e não se preocupam com a falta de liquidez, porque operam no longo prazo.

Mas continua a existir risco. Infraestrutura é um investimento em um negócio operacional. Se a gestão for ineficiente, ou se a economia esfriar, pode decepcionar.

Mesmo assim, a oportunidade é evidente. Existe necessidade premente de infraestrutura nos países em desenvolvimento, e de maior segurança para as aposentadorias nos países desenvolvidos. As duas coisas podem terminar unidas. Mas todos deveriam caminhar com cautela.


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