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'New York Times' não vai ser posto à venda, afirma publisher
Família Sulzberger nega rumores após venda do "Washington Post"
Depois de uma semana em que o "Boston Globe" quando o "Washington Post" foram adquiridos por novos proprietários, o publisher do "New York Times" declarou na noite de quarta-feira que o jornal não estava à venda.
Arthur Sulzberger Jr., que é também presidente do conselho da New York Times Co., à qual pertencia o "Globe", disse que conversou com Donald Graham, presidente-executivo e do conselho da Washington Post Co., sobre sua decisão de vender o jornal da capital americana e enfatizou que o "Times" não seguiria o mesmo caminho.
"O "Times" não está à venda, e os curadores do Ochs-Sulzberger Trust e os demais membros da família estão unidos no compromisso de trabalhar com o conselho, os executivos e os funcionários da empresa para conduzir o New York Times' ao nosso futuro global e digital", disse.
Sulzberger citou o sucesso do modelo de assinatura digital, a lucratividade do jornal e seu forte fluxo de caixa como motivos para que "sejamos perfeitamente capazes de bancar nosso futuro crescimento". "O Times' tem tanto as ideias quanto o dinheiro para buscar inovação".
Na manhã do último sábado, a New York Times Co. anunciou a venda do New England Media Group, que inclui o jornal "Boston Globe", a John Henry, dono do time de beisebol Boston Red Sox, por US$ 70 milhões.
Na segunda, a Washington Post Co. anunciou que venderia o jornal homônimo a Jeff Bezos, fundador da Amazon.com, por US$ 250 milhões. A venda do "Washington Post" pela família Graham, que controlava o jornal há 80 anos, deixa o "New York Times" como último grande jornal norte-americano sob controle familiar.
Em entrevista publicada na semana passada pelo site "Daily Beast", Sulzberger refutou os boatos sobre a possível aquisição do "Times" por um magnata da mídia como Michael Bloomberg.
A declaração da quarta foi divulgada pouco depois de Sulzberger realizar uma reunião fechada com a família.
Nela, ele e Michael Golden, vice-presidente do conselho, citaram o plano do presidente-executivo da empresa, Mark Thompson, para expandir "o investimento internacional, com vídeos, produtos pagos e extensão da marca".
Em anúncio de resultados divulgado no início do mês, o "Times" relatou que, embora ainda enfrentasse problemas no mercado de publicidade em papel, havia saído do vermelho em seu último trimestre em função do aumento da circulação e do corte de custos operacionais.
A receita líquida registrada pela empresa no segundo trimestre deste ano subiu a US$ 20,1 milhões, ante prejuízo de US$ 87,6 milhões no mesmo período em 2012.