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Glaxo lança fundo para pesquisar implante eletrônico
Ideia da farmacêutica é criar dispositivo que fale a linguagem elétrica do corpo até o final da década
A GlaxoSmithKline lançou um fundo de US$ 50 milhões para investir em empresas de bioeletrônica. A ideia é criar o primeiro implante elétrico para combater doenças como artrite, asma e pressão alta antes do final da década.
A bioeletrônica permitirá a interface entre cérebro e computador para, por exemplo, levar pessoas com paralisia a movimentarem membros ou braços robóticos.
Chamado Action Potential Venture Capital, o fundo investiu US$ 5 milhões na SetPoint Medical, empresa da Califórnia que desenvolve um implante para estimular o nervo pneumogástrico, no pescoço, a reprogramar o sistema imunológico.
O objetivo é diminuir o volume de partículas inflamatórias que causam artrite reumática e Doença de Crohn.
"Podemos tratar muitas doenças inflamatórias de maneira mais segura, conveniente e barata do que os medicamentos", disse Anthony Arnold, da SetPoint.
A GlaxoSmithKline também financia a pesquisa de até 20 grupos acadêmicos nas áreas de nanotecnologia e neurociência.
Cientistas de universidades como o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que estão trabalhando com a GlaxoSmithKline dizem que a empresa está ingressando na bioeletrônica na frente das rivais.
A empresa deseja envolver agências públicas de financiamento e outras companhias no processo de construção da chamada "medicina do amanhã".