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Zona do euro volta a crescer após 18 meses de recessão

Retração foi a mais longa na história do bloco; Alemanha e França puxam avanço

Autoridades e analistas evitam celebrar e citam obstáculos que persistem; PIB português sobe 1,1%

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

A economia da zona do euro saiu oficialmente de sua recessão mais longa desde que a moeda única começou a circular, em 2002, com avanço de 0,3% do PIB no segundo trimestre ante os três primeiros meses de 2013.

Foi o primeiro resultado positivo após um ano e meio de retração. No primeiro trimestre, houve contração de 0,3% no bloco de 17 países.

A retomada do crescimento é puxada pela expansão da Alemanha (0,7%) e da França (0,5%), as duas maiores economias do continente.

Houve recuperação modesta até em países do sul da Europa, os mais afetados pela crise. Portugal, que vinha de dez trimestres seguidos de queda no PIB, cresceu 1,1%.

Espanha e Itália permanecem em recessão, mas reduziram seu ritmo para 0,1% e 0,2%, respectivamente.

Apesar dos resultados positivos, analistas e autoridades da União Europeia recomendaram cautela.

"Existem obstáculos substanciais a serem superados. Os sinais preliminares de crescimento são frágeis", afirmou o comissário europeu da moeda única, Olli Rehn.

"Vários países apresentam índices de desemprego inaceitavelmente altos, e as reformas ainda estão estão no estágio inicial. Temos um longo caminho a percorrer."

A taxa de desemprego da região estava em 12,1% em junho, mas chega a 26,9% na Grécia (dado de abril) e 26,3% na Espanha.

O economista Howard Archer, da consultoria IHS, também sugeriu que os investidores não se animem muito.

"A zona do euro ainda enfrentará ventos desfavoráveis antes de retomar o ritmo do crescimento", afirmou.

Ele apontou problemas como as restrições ao crédito, aumentadas pela crise dos bancos, e a queda dos investimentos nos últimos meses.

A recuperação no segundo trimestre ainda não é suficiente para compensar as perdas nos 18 meses anteriores.

O dado divulgado ontem não mostrou quais setores puxaram o crescimento, mas analistas dizem que o aumento na confiança do consumidor foi um dos fatores decisivos. As vendas do comércio subiram 0,4% no trimestre.

Na Alemanha, houve impulso da construção civil, depois de um inverno mais rigoroso que o habitual e de temperaturas baixas até abril.

Na França, o principal impulso foi o aumento de 2% nas exportações, após contração de 0,5% no primeiro trimestre. Também houve expansão no consumo das famílias nos gastos públicos.

Fim da recessão não significa que crise do bloco acabou
folha.com/no1326683


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