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Apesar de avanço, Brasil vende menos para o bloco

ÁLVARO FAGUNDES EDITOR-ADJUNTO DE "MERCADO" TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

O avanço de 0,3% do PIB da zona do euro no segundo trimestre não se traduziu em ganho para o setor exportador brasileiro. As vendas para o bloco de 17 países recuaram 6% de abril a junho em relação a igual período de 2012.

Nesse período, a fatia do bloco nas exportações brasileiras caiu de 17,3% do total para 15,9%. Dos 17 países da região, 12 compraram menos do Brasil que no segundo trimestre do ano passado, entre eles, Alemanha, França, Itália e Espanha --as quatro maiores economias do bloco.

Excluindo as vendas para a região, a exportação cresceu 4% no segundo trimestre.

As importações para a zona do euro, por sua vez, aumentaram 8,7% em relação ao mesmo período de 2012, e o Brasil tem um deficit com a região de US$ 687 milhões no segundo trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, houve superavit de US$ 839 milhões.

Embora as exportações ainda não tenham acompanhado a retomada europeia, especialistas aguardam uma reação dos embarques, o que pode atenuar o deficit inédito.

Além de as exportações para o bloco caírem devido ao menor consumo por lá, as importações vindas da Europa subiram porque alguns países, como a Alemanha, buscaram novos mercados para redirecionar os seus produtos --entre eles, o Brasil.

Para Rodrigo Branco, economista da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), o país dificilmente escapará de um deficit com a Europa neste ano. Mas, se sustentada, a retomada da economia europeia pode diminuir o rombo.

A União Europeia (os 17 países que usam o euro como moeda e mais dez, entre eles, o Reino Unido) é o bloco econômico mais importante para o Brasil --como destino das exportações, perde só para a China. Também é o parceiro que compra a maior variedade de produtos brasileiros.

Além de commodities, os europeus importam manufaturados do Brasil, como máquinas e motores elétricos.

"A retomada da Europa deve nos beneficiar, mas de forma lenta", diz Branco.

"Abre-se pelo menos a perspectiva de exportarmos mais para a Europa. Mas isso não quer dizer que conseguiremos, até porque o problema não é só a demanda, mas também a perda de competitividade do país", diz Fábio Martins Faria, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).


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