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China deve reduzir a produção de aço até 2020
Principal província siderúrgica prevê corte de 25% para reduzir poluição
No Brasil, fabricantes anunciam aumentos de preço e analistas reveem para cima preço de ações das empresas
"Bloco de Texto
A maior província produtora de aço da China, Hebei, planeja cortar sua capacidade anual de aço bruto em cerca de 25%, ou 86 milhões de toneladas, até 2020, como parte de esforços para combater a poluição do ar, afirmou um jornal do governo.
A decisão, se implementada totalmente, ajudará a reduzir o excesso de capacidade na China e poderá impulsionar os preços de aço no país, além de atingir a demanda por minério de ferro e carvão.
Novas regras ambientais devem ser anunciadas em breve e imporão limites mais estritos de emissões a siderúrgicas locais, além de ampliarem sistemas de monitoramento, afirmou o jornal. Empresas que não cumprirem serão forçadas a fechar.
Pequim foi engolida por uma mistura de fumaça e nevoeiro em janeiro deste ano, disparando fortes críticas da população e promessas do governo central de que lidaria com o problema.
O rápido crescimento do setor siderúrgico em Hebei fez o consumo de carvão da província subir para cerca de 300 milhões de toneladas. A China agora está considerando um plano para reduzir o consumo total de carvão na região formada por Pequim, Tianjin e Hebei em um volume total de 100 milhões de toneladas anuais.
Mas, com muitas pequenas usinas operando na região sem aprovação oficial, ainda não está claro o volume de aço produzido pela província. Dados oficiais não são considerados confiáveis, mas as estimativas variam de 300 milhões a 400 milhões de toneladas.
REAJUSTES NO BRASIL
A Companhia Siderúrgica Nacional anunciou reajustes de preços de aço junto a distribuidores, com novos valores entrando em vigor a partir do dia 23. Os aumentos variam de 5,5% a 6,75%.
Os reajustes da empresa ocorrem depois que a Usiminas e a ArcelorMittal decidiram elevar seus preços a partir de ontem, informaram fontes do setor de distribuição na semana passada.
Distribuidores de aços longos também acusaram aumentos de preços por parte da Gerdau e da ArcelorMittal.
Em relatório a clientes ontem, analistas do HSBC elevaram preços-alvo para as ações da CSN, da Usiminas e da Gerdau, citando os reajustes e um "miniciclo" global de melhora nos preços internacionais do aço.
Os reajustes também ocorrem em meio à valorização do dólar ante o real, que dificulta importações e facilita vendas externas.