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Após 6 quedas seguidas, real se valoriza ante o dólar

Moeda americana perde valor em relação a divisas de 17 emergentes

Atuação do BC no Brasil também favoreceu real; tendência, porém, ainda é de alta do dólar, afirmam economistas

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Depois de seis sessões de valorização, o dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, caiu 0,3% ontem, a R$ 2,399.

O dólar comercial, usado no comércio exterior, também fechou em baixa: 0,91%, cotado a R$ 2,394.

A queda do dólar foi generalizada. Das 24 moedas emergentes mais negociadas, 17 subiram na comparação com o dólar. O zloty, da Polônia, liderou a lista de ganhos (1,06%). O real ficou em 9º lugar, e a lira turca, na 13ª colocação, com alta de 0,16%.

A Turquia anunciou aumento do juro básico do país, o que também contribuiu para a entrada de dólares no mercado diante da perspectiva de remuneração mais alta dos títulos locais.

Na Ásia, epicentro dos problemas de anteontem, a moeda da Indonésia (rupia) liderou as perdas, com queda de 2,22%, e o baht tailandês se desvalorizou em 0,57%.

No Brasil, novas intervenções do Banco Central ajudaram a impulsionar o real.

O BC fez três leilões: dois de rolagem de contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, no valor de US$ 1,979 bilhão, e outro de linhas de crédito em dólar, no total de US$ 4 bilhões.

Para economistas, porém, a queda do dólar foi pontual --um movimento de ajuste depois de seis altas seguidas-- e a tendência da moeda americana é continuar a subir até o fim do ano.

"Os EUA estão se recuperando, o que atrai investimentos para lá. Já no Brasil, temos problemas mal gerenciados que afugentam os investidores, como atividade [da economia] fraca e idas e vindas da política econômica", diz o consultor de investimentos Marcelo d'Agosto.

Analistas já projetam o dólar, que subiu 17,4% em 2013, a R$ 2,70 em dezembro --alta acumulada de 32% no ano.

Investidores aguardam, para hoje, a divulgação da ata da mais recente reunião (no fim de julho) do BC americano (Fed). O documento pode sinalizar quando o órgão vai iniciar o corte dos estímulos econômicos nos EUA.

Desde 2012, o Fed recompra, mensalmente, US$ 85 bilhões em títulos do governo para injetar recursos na economia. Parte desse dinheiro vai para outros países, inclusive o Brasil, sob forma de investimento. Se o incentivo for cortado, essas aplicações tendem a diminuir.

Na expectativa pelo teor do documento do banco central americano, a Bolsa brasileira teve um dia de desvalorização depois de nove sessões em alta. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, caiu 2,07% ontem.


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