Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Ajuda federal a estudantes torna o setor ainda mais atraente

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

Um grande número de potenciais alunos, agora com mais ajuda estatal para seguirem os estudos, faz com que o ensino superior brasileiro esteja extremamente atraente para os investidores.

Apesar da expansão do ensino superior desde a década de 1990, hoje apenas 11% dos brasileiros se formaram na faculdade, segundo o IBGE.

Entre a população com mais de 25 anos, há 15 milhões de possíveis clientes, que concluíram o ensino médio, mas não o superior.

Esse público conta cada vez mais com ajuda do governo federal para fazer uma graduação, o que reduz o risco de inadimplência.

Exemplo: o número de contratos no Fies (financiamento estudantil) cresceu 140% entre 2011 e 2012, quando 368 mil alunos se beneficiaram do programa federal.

No Fies, a União custeia o curso do estudante, que começa a pagar o financiamento apenas após a formatura.

Outras quase 300 mil vagas foram abertas apenas em 2012 no Prouni, programa em que a União anistia as universidades privadas do pagamento de impostos, em troca da concessão de bolsas de estudo (em postos que tenderiam a ficar ociosos).

Com esse panorama, grupos como Kroton e Laureate correm para aproveitar a potencial clientela.

A correria, porém, despertou a atenção do Ministério da Educação. A pasta enviou ao Congresso proposta para criação de autarquia que, entre outras coisas, teria poder de vetar fusões de universidades, caso o negócio seja considerado prejudicial do ponto de vista educacional.

É uma preocupação com o que pode vir a ocorrer num futuro próximo. Considerando os negócios já anunciados, as escolas envolvidas têm, em geral, ao menos conseguido atingir o mínimo de qualidade exigido pelo governo.

Anhembi Morumbi, FMU e Estácio de Sá, por exemplo, estão com nota 3, em escala de 1 a 5, na avaliação federal que considera quesitos como nota de formandos e perfil do corpo docente. Com essa nota, conseguem escapar de processos de intervenção feitos pelo governo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página