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Brasil precisa investir e poupar mais, diz FMI

DA REUTERS DE BRASÍLIA

O Brasil se recupera gradualmente da desaceleração iniciada em 2011 e tem meios para lidar com um câmbio volátil, mas precisa melhorar a produtividade, a competitividade e o investimento para garantir crescimento no longo prazo, avalia o Fundo Monetário Internacional.

As conclusões estão em relatório anual produzido pelo FMI a partir de entrevistas feitas no setor público e no privado por uma missão que veio ao país no fim de maio e concluído no fim de julho.

O documento, que teve trechos divulgados ontem, afirma que a desvalorização do real se insere no contexto dos emergentes, mas alerta que intervenções do Banco Central devem ser limitadas.

"A flexibilidade da taxa de câmbio continua a ser o melhor colchão para a turbulência financeira externa, desde que intervenções no mercado cambial fiquem limitadas a moderar a volatilidade excessiva", diz o texto.

A avaliação coincide com o discurso feito ontem pela presidente Dilma Rousseff, que afirmou que o país tem "bala na agulha" para enfrentar as turbulências do dólar.

POUPAR E INVESTIR

Mais uma vez, o relatório anual exorta o Brasil a elevar a poupança doméstica, melhorar o mecanismo de indexação do salário mínimo e continuar a reformar seu sistema previdenciário.

O desemprego baixo e os ganhos salariais reais mantiveram o consumo forte e, com a economia operando perto do potencial, os problemas de oferta afetaram o crescimento e alimentaram a inflação, afirma o texto.

"Além dos obstáculos das condições externas, problemas do lado da oferta doméstica e incertezas políticas podem estar afetando o crescimento no curto prazo."

O Fundo também avaliza os recentes aumentos da taxa referencial de juros pelo Banco Central, que ontem deveria ser elevada para 9%, para conter a inflação.

O governo brasileiro, ao contrário do que fez no ano passado pela primeira vez, não autorizou a publicação integral do documento.

O Ministério da Fazenda afirmou ter feito "sugestões de modificações e ajustes técnicos" ao texto, sem especificar quais pontos estariam em desalinho, e diz aguardar uma resposta para decidir sobre a publicação integral.

O FMI avalia o pedido.


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