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Trabalhadores nos EUA prometem atos contra gigantes do fast-food

Manifestações devem atingir dez cidades; maior salário é uma das reivindicações

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

A onda de greves no setor de fast-food nos EUA, que começou com ações pontuais no fim de 2012, deverá ter hoje sua sua maior manifestação, atingindo dez cidades.

Apesar de não ser focada em uma única rede de restaurantes, é o maior empregador, o McDonald's, quem concentra as reclamações, como um salário de US$ 15 por hora (a média atualmente gira em torno de metade disso).

O movimento já é visto como um um novo foco de pressão sobre os custos das empresas do setor, que não tem um histórico de lutas trabalhistas.

"As companhias vão querer fazer algo para acabar com essa publicidade negativa pois a pressão está forte", diz Nelson Lichtenstein, especialista em história trabalhista da Universidade da Califórnia.

Um alto executivo da indústria disse à Folha que o setor acompanha de perto a evolução das manifestações, mas a expectativa é que os impactos recaiam apenas sobre os grandes, como o McDonald's e o Burger King, e que outras redes fora do fast-food não sejam afetadas.

"Eles [os empresários] ainda não vieram falar com os trabalhadores. Enquanto isso, o protesto aumenta. Na última greve em Nova York foram quase 500 pessoas, fora as outras cidades", diz Amelia Adams, da New York Communities for Change, uma das entidades organizadoras.

MCDONALD'S

Os protestos vêm em um momento ruim para o McDonald's. No final do mês passado, a rede entregou novamente resultados globais desapontadores para o segundo trimestre nos EUA.

A despeito dos pedidos por melhores salários, a empresa também sinalizou que seria cautelosa na elevação de preços e na alteração das margens de lucro enquanto a economia fraca ao redor do mundo continuar a restringir a alimentação fora do lar.

Outro desafio da marca é fazer com que seus atendentes insatisfeitos ofereçam os serviços com eficiência.

No início deste ano, em uma reunião entre a matriz da empresa e os franqueados americanos, foi abordada a necessidade de melhorar o atendimento, em meio à elevação das reclamações de clientes, de acordo com apresentação que o "Wall Street Journal" disse ter acessado à época.


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