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Caixa vai deixar de dar financiamento a grandes empresas

Objetivo da mudança é evitar novas injeções de recursos do governo federal, que somaram R$ 20 bilhões em 2012

Foco do banco estatal será o financiamento à habitação e a pequenas empresas, segmentos carentes de crédito

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Para evitar um novo aporte de recursos na Caixa Econômica Federal, o governo decidiu mudar o foco de atuação do banco estatal.

A instituição não financiará mais projetos de grandes empresas. A exceção serão os investimentos de interesse do governo em infraestrutura. Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), o banco estatal concentrará sua atuação em habitação e em pequenas e médias empresas, além de participar em conjunto com outras instituições dos arranjos que estão sendo feitos para deslanchar a agenda de concessões do governo.

"A Caixa tem que ter um foco, como tem o BNDES", afirmou Mantega. "A limitação de recursos obriga a fazer isso para que não seja preciso capitalizar a Caixa", disse.

O ministro defendeu ainda que as "grandes empresas são as que menos precisam de recursos" porque há oferta para elas no mercado.

O financiamento de grandes empresas é um dos principais mercados do rival estatal Banco do Brasil, que também lidera o financiamento ao agronegócio.

No ano passado, a Caixa iniciou também as operações de banco de investimento, com foco no financiamento do setor público, saneamento e obras de infraestrutura.

Dona da maior poupança do país, a Caixa domina o crédito imobiliário com 70% de participação de mercado.

A Caixa entrou também no financiamento ao consumo e à pessoa física.

Com crescimento do crédito acima de 40% ao ano, de longe o maior ritmo do mercado, a Caixa teve aporte de mais de R$ 20 bilhões do governo no ano passado. Neste ano, teve mais R$ 6 bilhões.

O banco já tem a segunda maior carteira de crédito do país, posto ocupado até 2012 pelo Itaú, ficando atrás apenas do também estatal Banco do Brasil.

Para este ano, a prioridade é capitalizar o BNDES, que precisará de R$ 30 bilhões para manter seus desembolsos.

O BNDES será a principal fonte de recursos para as obras de infraestrutura, que demandarão R$ 470 bilhões nos próximos anos. (SHEILA D´AMORIM E TONI SCIARRETTA)


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