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Inflação e freio na renda travam consumo das famílias

DO RIO DO ENVIADO AO RIO

Motor da economia brasileira nos últimos anos, o consumo das famílias está estagnado há dois trimestres diante de uma inflação mais elevada e do rendimento e do emprego em desaceleração.

Após ficar estável nos primeiros três meses deste ano, o consumo das famílias variou positivamente apenas 0,3% de abril a junho ante o primeiro trimestre.

Na avaliação do IBGE, taxas até 0,5% nessa comparação configuram mais estabilidade do que crescimento.

Para Rebeca Palis, gerente de PIB do IBGE, a inflação maior neste ano inibiu o consumo, ao lado de um mercado de trabalho que dá sinais de enfraquecimento.

"A massa salarial continua crescendo, mas já não mais no mesmo ritmo de antes."

Outro fator, diz, é o crédito a pessoas físicas, que também perdeu fôlego.

Armando Castelar, economista da FGV, diz que a maior inadimplência e a confiança reduzida de consumidores (em parte motivada pela onda de manifestações que tomou o país) também pesaram na freada do consumo.

O dado, contudo, não é de todo ruim, pondera. É que parte da renda antes deslocada para o consumo de bens, diz, deve estar indo para o investimento em imóveis.

Dois são os indícios desse movimento: o forte crescimento da construção civil no PIB do primeiro trimestre (3,8%) e o aumento do crédito habitacional.

Um possível entrave adicional ao consumo neste e no próximo trimestre, porém, é a alta recente do dólar, que deve puxar ainda mais a inflação para cima.

Para Castelar, haverá um maior equilíbrio entre consumo, que vinha se destacando até o ano passado, e investimento no PIB, o que é saudável.

Já Sérgio Vale, economista da MB Associados, diz que o câmbio, os efeitos das manifestações nas expectativas e o inicio do impacto do aumento dos juros (elevados a partir de abril) vão conter tanto o consumo como o PIB em geral do terceiro trimestre.

"A impressão é que teremos uma parada súbita do crescimento."


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