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Nova cultura digital abala líderes de tecnologia
Antigos gigantes tentam se adaptar a dispositivos móveis e às nuvens
Transição exige que empresas migrem da fabricação de equipamentos para a prestação de serviços
Os observadores externos muitas vezes pensam que no Vale do Silício fortunas surgem e desaparecem quando uma nova ideia chega. Agora, alguns dos maiores nomes do setor de tecnologia estão descobrindo que, quando você fica para trás, é difícil recuperar o atraso.
A Hewlett-Packard (HP) anunciou mudanças importantes de pessoal, bem como queda acentuada de receita e margens de lucro menores. Foi o mais recente em uma série de anúncios decepcionantes entre as grandes companhias, o que levou observadores a perguntar se, depois de cinco anos de crescimento, chegou a desaceleração.
Mas os maus resultados das mais antigas e maiores não parecem estar se espalhando às mais jovens, como o Google ou a Salesforce.com, que oferecem serviço.
As notícias da HP, por exemplo, surgem em meio a problemas persistentes em gigantes da tecnologia como Oracle, Intel e Microsoft, e uma crise na Cisco Systems.
Se existe um tema comum entre essas empresas é o de que elas enfrentam dificuldades para se adaptar a um mundo no qual as pessoas acessam a internet com aparelhos portáteis e armazenam informação em uma nuvem de computadores conectados em rede e compartilhados por empresas diferentes.
Embora não exista dúvida de que há questões econômicas mais amplas prejudicando as vendas de produtos de alto valor, os analistas acreditam que o principal problema são concorrentes que oferecem produtos mais baratos, usando software e componentes genéricos, contra os insumos especializados fabricados pelas gigantes.
"Eles precisam avançar para a venda de software, enquanto os tubarões se alimentam deles", diz Krish Ramakrishnan, ex-gerente-geral da Cisco e hoje presidente de uma companhia de videoconferências em nuvem.
