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Microsoft cede a acionista externo lugar no conselho
Fundo ValueAct é classificado como "ativista", por procurar influir na empresa
A Microsoft cedeu um assento no seu conselho de administração para o ValueAct Capital, fundo investidor que é classificado no mercado financeiro como "ativista", ou seja, que, além de investir, procura interferir nas decisões das companhias.
Em seu website, o fundo diz que "trabalha ativamente com as empresas em que investe, na seleção de seus executivos, desenvolvendo suas estratégias de negócios, otimizando suas estruturas de capital e na execução de fusões e aquisições".
O pacto com o ValueAct, divulgado na sexta-feira, acontece uma semana após Steve Ballmer anunciar que deixará o cargo de presidente-executivo no próximo ano.
No anúncio de sua saída, Ballmer foi questionado sobre o rumor de que sua decisão se devia a pressões do ValueAct, o que ele negou.
O ValueAct é um dos maiores acionistas da Microsoft fora da própria empresa, com 0,8% de participação --atualmente no valor de cerca de US $ 2,2 bilhões.
A Microsoft disse que ofereceu o assento no conselho a Mason Morfit, presidente da ValueAct e ex-analista de saúde do Credit Suisse First Boston, em troca de um compromisso de que o investidor não aumentaria sua participação acima de um nível acordado.
O acordo de cooperação salvou a Microsoft de uma batalha potencial em sua reunião anual em outubro.
Acionistas tinham até sexta para colocar as suas próprias propostas para votação na reunião. Com o anúncio do acordo, a fabricante de softwares neutralizou o risco de que o ValueAct se tornasse um ímã para outros investidores insatisfeitos.
Segundo analistas, o fundo de hedge poderia pressionar a empresa não só em relação ao sucessor de Ballmer, mas também para que aumentasse os dividendos pagos a seus acionistas.
A concessão ao ValueAct foi a maior já feita por uma empresa de tecnologia a um acionista externo.