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Indústria terá período 'errático', dizem analistas

PEDRO SOARES DO RIO

O otimismo que marcou a indústria no segundo trimestre e o avanço expressivo do setor especialmente em junho se converteram em incerteza e na expectativa de uma fase de retração de junho a setembro.

Os motivos são um primeiro impacto negativo do câmbio --que eleva custos com insumos importados até que se busquem substitutos nacionais--, recrudescimento da inflação com o dólar mais elevado e consumo mais deprimido diante de renda e emprego em desaceleração.

As manifestações no Brasil e as incertezas no cenário global com piora dos mercados também reduziram a confiança de empresários, algo já detectado em sondagens da FGV e da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Diante desses fatores, analistas veem uma produção industrial "errática" nos próximos meses e estimam que o IBGE divulgará hoje uma retração do setor superior a 1%.

A Tendências estima queda de 1,1% em julho, após alta de 1,9% em junho. A Rosenberg & Associados prevê recuo ainda maior: 2,3% ante junho.

Para Rafael Bacciotti, economista da Tendências, a alta do dólar pode conter mais o consumo, já afetado pelo mercado de trabalho em desaceleração.

Armando Castelar, economista da FGV, diz que o investimento, destaque do segundo trimestre, não deve repetir o desempenho por causa da menor confiança de empresários e da alta do dólar.

Ambos consideram, porém, que a longo prazo o real depreciado ajuda a indústria, ao baratear produtos brasileiros, melhorar a competitividade e elevar a produtividade --uma vez que a receita crescerá e uma parcela menor será destinada ao pagamento de salários.


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