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Balança volta a ter superavit em agosto

Com menor importação de combustíveis, país tem saldo de US$ 1,2 bi; resultado é o pior para o período desde 2001

No acumulado do ano, deficit é de US$ 3,76 bi, o maior desde 1995; secretário ainda não vê efeito do dólar mais caro

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

A balança comercial brasileira voltou a mostrar saldo positivo em agosto, após deficit no mês anterior.

A diferença entre as exportações e as importações somou US$ 1,226 bilhão, resultado considerado o melhor do ano --em junho, houve superavit maior, de US$ 2,3 bilhões, mas inflado por uma operação contábil.

Naquele mês, o saldo foi influenciado pela exportação de uma plataforma de US$ 1,6 bilhão para subsidiárias da Petrobras no exterior --o equipamento foi depois alugado pela estatal, numa operação que traz benefícios fiscais.

Apesar do superavit de agosto, o saldo foi o menor resultado para o mês desde 2001. No acumulado do ano, a balança continua negativa.

O deficit registrado de janeiro a agosto soma US$ 3,764 bilhões e é o maior desde 1995. Em igual período do ano passado, o resultado era favorável ao Brasil em US$ 13,149 bilhões.

O novo secretário do Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Daniel Godinho, disse, no entanto, que não é possível falar que o resultado de agosto já aponta uma "tendência" de recuperação.

Ele ainda não vê impacto positivo do dólar mais caro, fator que tende, com certa defasagem, a beneficiar as exportações brasileiras e a desestimular as importações.

"Nossos números não confirmam nenhum efeito do câmbio ainda na balança."

De acordo com o secretário, a melhora do resultado de agosto ante julho deveu-se a um recuo nas importações de combustíveis e ao bom desempenho das exportações de produtos como milho, soja e máquinas.

Godinho não quis fazer projeções para a balança no fechamento do ano.

Na sua avaliação, será possível ter um pequeno saldo positivo a depender de dois fatores: o dólar permanecer no patamar atual e a produção da Petrobras se recuperar, elevando as exportações de petróleo e reduzindo as compras de combustíveis.

A conta petróleo --que registra as trocas internacionais de óleo bruto e seus derivados-- é a principal vilã da balança comercial neste ano. Essa conta está negativa no ano em US$ 16,368 bilhões, enquanto o saldo total das demais trocas de produtos é positivo em US$ 12,604 bilhões.

Esse resultado reflete uma queda na produção da Petrobras, que fez neste ano paradas técnicas de manutenção em plataformas, ao mesmo tempo em que aumenta a tropa de veículos, elevando a demanda por combustíveis.

Para o secretário, essa situação é conjuntural e a produção da Petrobras tende a se recuperar.

PAÍSES

Considerando os principais destinos das exportações, as vendas neste ano só crescem para Ásia e Mercosul.

A queda das exportações para a África, de 5%, são afetadas principalmente pelo conflito no Egito, disse Godinho, enquanto a redução das vendas para os EUA reflete a exportação menor de petróleo. Já as importações tiveram aumento generalizado.


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