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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Governo norte-americano vê piora nas lavouras de grãos do país

As condições da safra norte-americana pioraram. Apenas 56% das lavouras de milho são consideradas boas ou excelentes. O percentual para a soja é de 54%.

Os dados foram divulgados ontem pelo Usda (Departamento de Agricultura dos EUA). Percentual abaixo de 60% nesse estágio da safra não é bom, diz Daniele Siqueira, da AgRural, de Curitiba.

Atraso no plantio, seca e possibilidade de geada no final da safra farão com que o Usda registre um recuo nos próximos números de produção, diz Daniele.

John Maxwell, produtor de Donahue (Iowa), diz não acreditar mais nos dados do Usda. "Tenho circulado por muitas regiões e, em muitas, o atraso no plantio e a seca vão influenciar na produtividade."

Na avaliação dele, a safra de soja deverá ficar 10% inferior aos 88,6 milhões de toneladas previstos pelo Usda. Já a de milho terá quebra de pelo menos 5%, em relação aos 350 milhões de toneladas previstos pelo órgão.

John Wilson, produtor de Plain City, em Ohio, um Estado onde as lavouras estão em melhores condições, não está tão pessimista. Ele conseguiu semear no período certo, as lavouras se desenvolvem bem e as recentes chuvas na região vão garantir uma produtividade acima da média esperada pelo Usda.

Wilson diz que "o problema é preço, que vai cair devido ao tamanho das safras dos Estados Unidos e do Brasil".

Um dos motivos dessa queda será a boa produção no Brasil, país que colocou mais um entrave para os norte-americanos. "Antes tínhamos de pensar no tamanho da nossa safra para prever preços. Agora, o Brasil também é decisivo nessa equação", diz ele. Mas afirma que "o Brasil é concorrente, mas precisamos trabalhar juntos para alimentar o mundo".

Maxwell não tem certeza de que os preços irão cair. Um dos desafios é "antecipar-se ao mercado. Entender o cenário para se beneficiar das altas e das baixas", diz.

Jim Field, presidente da divisão agrícola da John Deere, diz que as projeções de safra não devem mudar muito nos EUA. O problema é que a área agrícola do país --assim como a do Brasil-- é muito extensa e se encontra em situações diferentes, afirma.


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