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Fraqueza do emprego nos EUA eleva dúvida sobre fim do estímulo do Fed

Taxa de desemprego recua em agosto, mas só porque mais pessoas desistem de procurar vaga

Criação de vagas também foi modesta e se deveu em grande parte a setores que pagam pouco, como restaurantes e varejo

DO "FINANCIAL TIMES"

O mercado de trabalho dos EUA mostrou um crescimento modesto de criação de vagas no mês passado, aumentando as dúvidas sobre quando o Fed (banco central americano) vai retirar o estímulo.

O mercado de trabalho é o principal foco do Fed na hora de analisar se vai manter a compra mensal de US$ 85 bilhões de títulos do Tesouro, iniciada em setembro de 2012.

Alguns especialistas acreditavam que a redução na ajuda poderia começar já neste mês, mas esse cenário parece agora mais distante.

A possibilidade de redução do estímulo, iniciada em maio após declaração de Ben Bernanke (presidente do Fed), tem derrubado a moeda de países emergentes ante o dólar, inclusive o real. Ontem, porém, essas divisas ganharam força com a possibilidade de que a ajuda do Fed prossiga por mais meses.

Foram criados 169 mil postos em agosto, resultado que cobre pouco mais do que o número de pessoas que buscam ingressar no mercado de trabalho pela primeira vez --calcula-se que seria em torno de 125 mil ao mês.

Para piorar, os dados de junho e julho foram revisados e mostraram que foram gerados 276 mil postos de trabalho na soma dos dois meses, 74 mil a menos do que a estimativa anterior.

Mais: uma grande parte dessas vagas surgiu nas áreas de varejo e alimentação, que geralmente pagam pouco.

A grande notícia positiva foi que a taxa de desemprego nos EUA recuou para 7,3% no mês passado (era de 7,4% em julho), para o menor nível desde o fim de 2008. Porém, essa queda não se deveu à geração de vagas, mas sim porque mais pessoas desistiram de buscar trabalho.

Essa desistência geralmente ocorre porque, como não acham emprego, elas desistem de procurar trabalho. O resultado é que a força de trabalho (empregados ou pessoas que continuam a buscar trabalho) caiu ao seu menor nível em 35 anos: 63,2%.

Esse índice estava em 66% em novembro de 2007, antes de a economia norte-americana ter entrado na sua mais recente recessão, que durou até junho de 2009.

Isso causa um dilema para o BC americano: o desemprego está perto de sua meta de "melhora substancial", mas isso acontece por um motivo negativo: menos pessoas estão procurando emprego.

Ele terá de decidir se os dados refletem um enfraquecimento do mercado de trabalho ou se há outros indícios de que o desemprego pode continuar caindo a despeito do crescimento geral pífio.


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